Roberto Rodrigues avalia suas ações no Mapa

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Ainda falta mais de um ano para o fim do governo, mas o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, já tomou uma decisão: não aceitará a missão de comandar a pasta por mais quatro anos, no caso de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser reeleito para o Palácio do Planalto. Rodrigues se diz frustrado por não ter conseguido levar adiante projetos devido ao "cobertor curto" do orçamento. Para o ministro, a política do governo para o campo merece nota quatro. O ministro afirma que a atual crise do setor não deve ser resolvida até o fim do governo Lula. Rodrigues não vê saída para o endividamento do setor no curto prazo e diz que o canal de negociação com o Ministério de Fazenda está fechado. "A agricultura é uma atividade cíclica, do ponto de vista econômico, e ainda por cima sujeita a problemas climáticos”, frisou.

Dificuldades – “Este ano, tivemos aumento dos custos de produção por causa dos preços do petróleo e do aço, da demanda crescendo no mundo inteiro e dos insumos, acompanhado de uma queda dos preços agrícolas, por causa de safras enormes no mundo inteiro. E como os anos favoráveis anteriores levaram os agricultores a investir muito, o endividamento cresceu bastante e ainda por cima tivemos uma queda de produção por causa da seca. São quatro fatores que nunca tinham acontecido juntos antes", diz o ministro. A redução de faturamento bruto na agricultura, este ano em relação a 2004, deve ficar em R$ 17 bilhões, o que leva o ministro a não acreditar em solução a curto prazo para o setor. "Não há política agrícola que resolva essa crise. Rodrigues faz ainda uma avaliação sobre a Lei Orçamentária de 2006. "Se o Orçamento do ano que vem não for contingenciado, teremos uma condição diferente de trabalho, como devíamos ter tido este ano. Este ano tínhamos um orçamento próximo de R$ 900 milhões. Acabamos com R$ 691 milhões. (Com informações do Jornal Gazeta Mercantil)

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