RESERVA LEGAL: Ocepar e Faep querem evitar perdas econômicas
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A
destinação de 20% das áreas das propriedades agrícolas
para compor a Reserva Legal é o objeto central das discussões
que ocorrem em Cascavel, neste sábado. Centenas de produtores e lideranças
rurais da região Oeste são esperados para o debate que começa
às 8:30 horas, no Centro de Convenções de Cascavel. Eles
ouvirão o posicionamento das lideranças e apresentarão
sugestões que serão levadas aos parlamentares e às autoridades
estaduais e federais.
A Ocepar e a Faep, que estão apoiando esse encontro, informam que o objetivo
e sensibilizar parlamentares e autoridades para uma análise racional
da questão. “Queremos o estabelecimento de um grande entendimento
para fazer, prioritariamente, a mata ciliar, deixando a Reserva Legal para a
etapa seguinte”, afirma nota das duas instituições, que
defendem a seguinte postura em relação ao assunto:
1. Deve haver uma compatibilização entre a produção
e preservação, destinando à produção as melhores
áreas, e à preservação terras de menor aptidão
à produção agrícola.
2. Abertura de diálogo com o Governo do Estado com objetivo de se priorizar
a recomposição das matais ciliares, representando 6% do território
paranaense.
3. A recomposição da Reserva Legal é matéria que
está sendo tratada no Congresso Nacional com objetivo de modernizar a
legislação, adequando-a para o estabelecimento do zoneamento agroecológico.
4. Os produtores rurais já estão fazendo a recomposição
das matas ciliares, contando com o apoio dos sindicatos rurais, cooperativas,
municípios e do próprio Estado no fornecimento de mudas.
5. Com relação à Reserva Legal, os produtores consideram
que não é possível atender as exigências da forma
como o Estado quer, em função das razões acima citadas.
Ponto
de equilíbrio - “Os produtores rurais paranaenses têm
consciência de sua responsabilidade, em relação ao meio
ambiente e à sociedade, na preservação da biodiversidade
e da água limpa para todos. Mas não querem que sejam destinadas
para florestas as terras de maior aptidão para a agricultura, pois isso
implica na perda de 20% de suas propriedades a título de Reserva Legal,
o que leva embora também 20% de sua renda”, afirma nota das duas
entidades de classe. “Deve haver um equilíbrio entre essas duas
legítimas demandas; a de terras para produzir e a defesa do meio ambiente”,
afirmam Ágide Meneguette e João Paulo Koslovski, em posicionamento
à imprensa. A instituição de um zoneamento agro-ambiental
que estabeleça percentuais de preservação conforme as condições
específicas de cada área geográfica e a criação
de condomínios florestais públicos e privados são algumas
das alternativas apresentadas pela Ocepar e Faep para resolver o problema da
Reserva Legal.