Requião confirma doença não afeta rebanho do Paraná
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O governador Roberto Requião confirmou na quinta-feira (10/11) que o Paraná não tem aftosa e destacou a importância de que todos vacinem os rebanhos na segunda etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, que iniciou no dia 1º e vai até o dia 20 de novembro. “Vamos recuperar o tempo perdido. Não se trata de convencer os demais países, agora, sobre o gado paranaense. Um laudo laboratorial encerra o assunto”, ressaltou. Requião afirmou que não houve nenhuma precipitação do Paraná em mobilizar toda a sua estrutura de defesa sanitária imediatamente após a Secretaria da Agricultura ser informada que havia foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul. “Nós seguimos um protocolo internacional. Recebemos gado do Mato Grosso do Sul na feira de Londrina. E não poderíamos expor o Brasil a um acidente sem precaução”, afirmou.
Demora - O governador criticou a demora do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) em concluir os exames laboratoriais para identificar a existência ou não do vírus nos animais suspeitos. “O que atrapalhou tudo foi a lentidão e uma ineficácia do laboratório que não tinha condições de isolar o vírus e completar os testes”. disse. Em Londrina, o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, também afirmou que não existe o vírus de febre aftosa no rebanho do Paraná. A afirmação foi feita durante uma palestra no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pessuti fez questão de ressaltar que até aquele momento a Secretaria da Agricultura ainda não tinha recebido o laudo oficial do Ministério da Agricultura, confirmando o resultado negativo dos exames realizados pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Belém-PA.
Precaução - O vice-governador lembrou que mesmo com os resultados negativos o Paraná vai dar continuidade ao trabalho desenvolvido até o momento para manter o Estado livre da febre aftosa. Ele destacou que, em nenhum momento, o Paraná deixou de adotar os procedimentos exigidos pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). “Sempre agimos com transparência e agilidade em nome da precaução e prevenção. Agora vamos reforçar ainda mais nossas ações de controle sanitário, principalmente nas regiões de fronteira. Assim, vamos evitar que o vírus entre em nosso Estado futuramente”, disse.
Reunião – Ontem (10/11), em Curitiba, o diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, reuniu-se com representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Sindicato das Indústrias de Laticíio do Estado do Paraná (Sindileite), Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep) e Associação dos Abatedouros do Paraná (Avipar). No encontro foram discutidas as ações que a Secretaria da Agricultura e as 35 entidades do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) devem tomar a partir do momento que foi confirmada, oficialmente, a inexistência do vírus no Estado. “Vamos reforçar ainda mais nossas medidas de defesa sanitária. Não podemos esquecer que a situação em Mato Grosso do Sul está mais grave. No dia 10 de outubro, havia um foco de aftosa no estado vizinho.
Focos são 22 - Hoje, são 22 focos da doença. Por isso, são necessários todos os nossos cuidados e atenção”, disse Ribas. O presidente do Sindicarnes, Péricles Salazar, defendeu que o transporte e comércio de produtos das regiões onde há propriedades interditadas sejam liberados o quanto antes. “O setor produtivo não pode continuar sendo prejudicado”, disse. Já o representante da Faep, Ronei Volpi, afirmou que a luta contra a aftosa deve envolver todos os países do Mercosul. Segundo o diretor-geral da Secretaria da Agricultura, todas as ações serão tomadas em conjunto, com a participação do Governo do Estado, dos conselhos municipais e intermunicipais de sanidade agropecuária, bem como, de todas as entidades que pertencem ao Conesa. “Mas antes de qualquer iniciativa, precisamos ter, em mãos, o laudo oficial do Ministério, que comprove a não-existência da febre aftosa em nosso Estado”, concluiu.