RENDA AGRÍCOLA: Paraná deve crescer acima da média nacional

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O agronegócio paranaense deve faturar 22% mais este ano. Levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que a renda agrícola da porteira para dentro tende a crescer acima da média nacional no estado e alcançar a marca de R$ 21,8 bilhões em 2008. No país, de acordo com o Mapa, os principais produtos do campo devem render neste ano R$ 155,27 bilhões, resultado 17% superior ao de 2007 (R$ 132,6 bi) e 14% acima do desempenho registrado em 2003 (R$ 136,3 bi), recorde até então.

Produção e preços - O coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, explicou que o incremento na renda agrícola esperado para este ano é decorrente do aumento da produção e da elevação dos preços dos principais produtos. "A produção de grãos cresceu 7,2 % em relação ao ano passado e os preços recebidos pelos agricultores, neste ano, estão em um patamar superior aos do ano passado", disse. No levantamento de julho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção brasileira de grãos em recorde de 142,1 milhões de toneladas.

Previsão Seab - Para a Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), a renda agrícola do Paraná em 2008 será ainda maior que os R$ 21,8 bilhões estimados pelo Mapa. Segundo o secretário Valter Bianchini, o campo deve faturar neste ano R$ 35 bilhões no estado, resultado 8% superior ao de 2007 (R$ 32,5 bi). A diferença de quase R$ 13 bilhões diante a estimativa federal explica-se pela metodologia. A projeção do Mapa leva em conta dez dos principais produtos agrícolas do estado, enquanto a da Seab considera mais de 500 itens, entre agricultura, pecuária e floresta. Somente a pecuária, que não entra no cálculo federal, é responsável por 37% do faturamento, o equivalente a R$ 12,95 bilhões. O Mapa também contabiliza a safra de inverno de 2007, enquanto a Seab inclui em seu cálculo a de 2008.

São Paulo - Em valores absolutos, o Paraná só deve perder para São Paulo, que tem renda agrícola projetada em R$ 24,8 bilhões, e vai empatar com Mato Grosso. No resultado nacional, os produtores paulistas participam com 16% e os paranaenses e mato-grossenses com 14% cada. Já quando a base de comparação é o crescimento anual do faturamento, o Paraná deve ocupar apenas a sexta colocação, atrás de Ceára, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina.

 

Mato Grosso - Desses estados, o Mato Grosso merece atenção especial. Entre 2007 e 2008, o faturamento do setor deve, segundo o Mapa, aumentar 53% no estado, incremento puxado principalmente pela soja. O grão será responsável por mais da metade da renda bruta agrícola do Mato Grosso. Algodão, com participação de 25%, e milho, com 15%, completam a lista. Nesse quesito, o da diversificação, o Paraná leva vantagem sobre o seu concorrente. Enquanto apenas três culturas sustentam o agronegócio mato-grossense, são cinco os produtos que impulsionam o faturamento agrícola paranaense. O carro-chefe, assim como em Mato Grosso e no Brasil, é a soja. No estado, o grão deve responder por 40% do faturamento estadual, com renda estimada em R$ 8,7 bilhões neste ano (+27% ante 2007).

Rendimento por cultura - O milho, já contabilizada a quebra da safrinha, deve render ao estado R$ 5,8 bilhões, o equivalente a 27% do total previsto para 2008 e 28% a mais que no ano anterior. Cana-de-açúcar, com R$ 1,8 bilhão (8%), e trigo e feijão, com R$ 1,6 bilhão (7,5%) cada, completam a lista de culturas com maior faturamento. Apesar de menos representativos, algodão, arroz, batata, café, fumo e mandioca também foram considerados pelo Mapa para o cálculo da renda agrícola estadual. Na avaliação de Gasques, não fossem as perdas causadas pelas geadas de junho nas lavouras de milho de inverno, o Paraná poderia superar o Mato Grosso em faturamento agrícola em 2008. "Mato Grosso se aproxima do Paraná porque colheu safras cheias", afirmou.

Volume colhido - Além da produção paranaense ser mais diversificada que a mato-grossense, o volume colhido ao longo do ano também é maior. Conforme a Conab, o Paraná é o maior produtor de grãos do país. Na safra 2007/08, deve, segundo a companhia, responder por 21% da safra nacional, com um total de 30,3 milhões de toneladas de grãos. A participação do Mato Grosso, que tem produção estimada em 27,4 milhões de toneladas, é de 19%.

Agroindustrialização - O Paraná também é um estado mais agroindustrializado que o Mato Grosso, o que agrega valor à produção. Mas, como a renda calculada pelo Mapa é medida apenas da porteira para dentro, o nível de industrialização agrícola não transparece nos números de faturamento do ministério. O levantamento da renda agrícola inclui as 20 principais lavouras do país, entre as temporárias como soja, milho, arroz, trigo, cana-de-açúcar e as permanentes como café, cacau, laranja e uva.

Diferença de R$ 13 bilhões - Para a Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), a renda agrícola do Paraná em 2008 será ainda maior que os R$ 21,8 bilhões estimados pelo Mapa. Segundo o secretário Valter Bianchini, o campo deve faturar neste ano R$ 35 bilhões no estado, resultado 8% superior ao de 2007 (R$ 32,5 bi). A diferença de quase R$ 13 bilhões diante a estimativa federal explica-se pela metodologia. A projeção do Mapa leva em conta dez dos principais produtos agrícolas do estado, enquanto a da Seab considera mais de 500 itens, entre agricultura, pecuária e floresta. Somente a pecuária, que não entra no cálculo federal, é responsável por 37% do faturamento, o equivalente a R$ 12,95 bilhões. O Mapa também contabiliza a safra de inverno de 2007, enquanto a Seab inclui em seu cálculo a de 2008.

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