RECICALGEM: COCAMAR E PREFEITURA FIRMAM CONVÊNIO

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Foi firmando um convênio entre a Cocamar e a Prefeitura Municipal de Maringá, com o objetivo de viabilizar a reciclagem de embalagens PET (polietileno tereftalaro, resina comumente utilizada em embalagens de refrigerante e óleos vegetais) através da Coopermarin, uma entidade de catadores do município. Pelo convênio, a Cocamar cede dez carrinhos e uma prensa à Prefeitura, para o recolhimento e prensagem das embalagens. A Coopermarin, em seguida, deverá comercializar esse material com a Repete, empresa de Santo André-SP especializada na elaboração de fibra de poliéster. O preço praticado no mercado é de R$ 0,20 por quilo, mas, como não haverá atravessador, a empresa pagará um pouco mais à Coopermarin. A própria Cocamar será uma das compradoras dessa fibra, destinando-a para a produção de fios de poliéster em sua indústria de fios em Maringá, e que tem capacidade para absorver 100 toneladas/mês de fibra de poliéster, o que corresponderia a 5 milhões de embalagens, mesmo volume de unidades produzidas em média todos os meses em seu Parque Industrial ? onde os produtos (diversas marcas de óleos vegetais e álcool doméstico) são envasados em PET.

Solução ? Esta iniciativa surgiu da preocupação da Cocamar em buscar uma solução para a grande quantidade de PET que é despejada no ambiente, muitas vezes tornando-se um lixo não aproveitado e poluente. ?Apesar de 100% reaproveitável, apenas 26,3% do PET usado no ano passado em embalagens foi reciclado no País?, conta o coordenador de desenvolvimento de novos produtos, Claudomiro Sirotti, baseando-se em dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens PET-Abepet). Só em São Paulo, as embalagens PET representam 5% do lixo da cidade, cerca de 700 toneladas/dia. A Cocamar pretende também levar essa idéia para prefeitos de outros municípios da região. Recentemente, a cooperativa recebeu a visita dos prefeitos ligados à Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense), polarizada por Maringá, e o assunto foi discutido. Além da fibra de poliéster (que responde por 41% do reaproveitamento do PET no País), com esse material é possível produzir não-tecidos, cordas, resina insaturada, outros tipos de embalagens, cerdas e fitas de arquear.

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