RECESSÃO MUNDIAL: IMPACTOS NO SETOR AGRÍCOLA SERÃO MENORES

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Para o especialista em assuntos internacionais e membro do Instituto de Estudos Avançados das Universidade de São Paulo (USP), professor Gilberto Dupas, de todos os setores de nossa economia, o setor agrícola será o que menos impacto sofrerá com a recessão mundial desencadeada pelo atentado terrorista aos Estados Unidos no último dia 11 de setembro. Esta afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira (15), durante a realização do Fórum de Dirigentes de Cooperativas, promovido pela Ocepar e pelo Sescoop Paraná, que contou também com a presença também dos presidentes das Organizações Estaduais de Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Alagoas. Para Dupas, antes mesmo do atentado terrorista, a economia mundial já vinha num processo de desaceleração muito grande e, com o episódio do último dia 11 de setembro que levou à ruína o maior centro de negócios do mundo, o World Trade Center de Nova Iorque, as coisas apenas se adiantaram. ?As conseqüências futuras dependerão muito da reação norte-americana e da capacidade dos Estados Unidos em administrar politicamente com bom senso esta reação. Reagir de forma diplomática e menos guerreira. Mesmo assim já temos em andamento uma recessão mundial que será mais ou menos superada por todos nós, dependendo do grau das retaliações de ambos os lados?, frisou.

Commodities - No setor agrícola, Dupas afirma que o cenário mundial indica que ele perderá menos, principalmente se houver uma maior flexibilização por parte dos grandes países no que diz respeito às restrições, aos antidumping e aos subsídios. ?Alimento é a última coisa que se corta e na realidade algumas oportunidades de negócios poderão surgir, apenas que se tome o cuidado de observar os preços dos commodities que poderão declinar neste período de conflito?, lembra.

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