RASTREABILIDADE DO GADO COMEÇA EM JULHO

A partir do próximo mês, os frigoríficos que exportam carne bovina para a União Européia (UE) terão de adquirir, apenas animais de propriedades onde todo o gado é rastreado individualmente. Destino de mais de 40% das vendas brasileiras do produto, a UE está fazendo essa exigência para garantir o cumprimento de requisitos sanitários, como um rebanho livre de aftosa e de "vaca louca". O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento habilitou, na terça-feira (18/06), as primeiras quatro empresas que farão certificação do rastreamento bovino: Planejar (RS), Gênesis (PR), Certificações Brasil (SP) e Serviço Brasileiro de Certificação (SP). Essas empresas passarão a enviar dados ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), controlado pelo ministério. Outras três empresas ganharão a habilitação na próxima semana e deverão substituir, gradualmente, os governos estaduais e federal na implantação de dispositivos no gado (chips ou brincos) e na concessão de selos que atestam origem do animal, alimentação e vacinação.

Cadastro - O governo pretende cadastrar, em mais cinco anos, todo o gado brasileiro (160 milhões de cabeças) no Sisbov. Até dezembro de 2003, a exigência européia se tornará pré-condição também para a exportação a qualquer país. A data-limite para as propriedades localizadas em Estados livres de aftosa ou em processo para alcançar esse status é dezembro de 2005. Para as demais regiões, o prazo de adesão é o fim de 2007. Segundo Pratini, os consumidores internos também saem ganhando porque saberão, nos supermercados, qual é a exata procedência da carne que está comprando. O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luiz Carlos de Oliveira, acredita que a rastreabilidade do rebanho se expandirá rapidamente. "Muitos criadores estão esperando apenas saber quais são as empresas oficialmente credenciadas para aderirem ao sistema", afirmou. (Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).