RAMO TRANSPORTE: Cooperativistas debatem desafios do setor

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Presidentes e diretores de cooperativas de transporte do Paraná reuniram-se nesta quinta-feira (30/09), em Piên, Sul do Paraná. Na pauta do encontro, a apresentação dos indicadores econômicos e financeiros do ramo, do sistema de conhecimento eletrônico e o detalhamento das ações da Ocepar no atendimento às demandas do setor.  O evento teve como cooperativa anfitriã a Cooperleste. Com uma frota próxima a mil caminhões, o ramo está em expansão e deverá alcançar em 2010 um faturamento recorde de 170 milhões de reais, alta de 30% em comparação ao ano passado. Mas a tributação excessiva e a dificuldade de acesso a linhas de financiamento são entraves que prejudicam a competitividade das cooperativas. Profissionalizar e informatizar, renovar a frota e reduzir encargos são alguns dos desafios do setor.

Encontros trimestrais - Para isso, desde fevereiro, os dirigentes decidiram promover encontros trimestrais para acompanhar e debater os temas de interesse do ramo. "Por meio das reuniões é possível fazer comparações com as demais cooperativas, conhecer experiências bem-sucedidas e trocar informações com outros dirigentes. Além disso, acompanhamos os desdobramentos de nossas demandas e a atuação da Ocepar", afirma o diretor da Cooperleste, Wilson Jairo Fragoso.

Autogestão - Com o crescimento do faturamento e do quadro social - o ramo transporte hoje congrega 2.113 cooperados no Paraná -, as necessidades de investimentos se ampliam. "É estratégico para a cooperativa estar capitalizada, para que possa investir em melhorias na estrutura de atendimento ao associado (oficina, borracharia, loja de autopeças, posto de combustíveis, entre outras) sem colocar em risco seus indicadores econômicos", afirma o analista técnico de autogestão da Ocepar, João Gogola. Os participantes do encontro acompanharam a apresentação de informações do sistema de autogestão da Ocepar. "É uma ferramenta que extrai dados da contabilidade de todas as cooperativas e os converte em indicadores financeiros de fácil entendimento e interpretação", explica Gogola. "Com estas informações, os dirigentes podem comparar o desempenho de sua cooperativa às demais do estado e da mesma região", afirma.

Parcerias - De acordo com Gogola, os encontros periódicos do ramo transporte tendem a viabilizar parcerias entre as cooperativas. "Por meio das reuniões, o grupo conhece os perfis e a área de atuação de cada cooperativa, o que gera uma melhor interação entre os dirigentes", diz. "Dessa forma, o cooperado que tiver algum problema ou precisar de ajuda numa região distante de sua sede, sabe que terá na cooperativa local uma base de apoio", conclui. Depois da apresentação do analista, o contador da Coopercaf, Marcelio Aparecido Koehler, fez um detalhamento do sistema de conhecimento eletrônico - a cooperativa foi a primeira do ramo transporte a implantá-lo no Paraná.

Direção certa - Para o presidente da Cooperfrota (Cooperativa de Transportadores Autônomos dos Campos Gerais), Luiz Antonio Venancio, o acompanhamento constante das informações do sistema de autogestão tem sido uma ferramenta importante para a cooperativa. "Quanto mais acesso a informação, melhores condições de administrar de maneira adequada e atualizada. Os dados disponibilizados pela Ocepar evitam que a gente perca o foco e mantenha a gestão na direção certa", afirma.

Aglutinar forças - Na opinião do presidente da Cotrag (Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Guarapuava), Antonio Leineker, é fundamental organizar e aglutinar forças no ramo transporte. "Além das informações técnicas, precisamos nos unir para ter força política e lutar para que nossas demandas se transformem em benefícios para o setor", conclui.

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