Quebra da safra pode reduzir aportes do setor

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A quebra da safra brasileira 2004/05 deve provocar reflexos negativos nas encomendas de insumos e nos investimentos em maquinário para o próximo plantio, segundo a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), que realiza o 4o Congresso Brasileiro de Agribusiness. A entidade estima que a safra brasileira atual deve ser reduzida em 20 milhões de toneladas, ante a previsão inicial de 130 milhões de toneladas. De acordo com o diretor da Abag e da fabricante de tratores CNH, Pérsio Pastre, as vendas de tratores caíram 30% até maio, ante o mesmo período do ano passado. Já as de colheitadeiras deverão recuar 80% até o final de 2005 (até maio a queda foi de 70%). "No caso das colheitadeiras, o ano já está perdido", diz, explicando que o período mais, forte das vendas do setor é o início do ano.

Fertilizantes - O presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Cristiano Walter Simon, estima que as vendas de fertilizantes e de sementes para a safra 2005/06 ficará estável em relação à safra anterior "na melhor das hipóteses". Segundo Simon, até maio, a Andef registrou queda estimada entre 10% e 15% na venda de defensivos agrícolas. Para o ano, a expectativa de vendas é de 18 milhões de toneladas a 20 milhões de toneladas, ante as 22,7 milhões de toneladas comercializadas em 2004. O presidente da Abag, Carlo Lovatelli, destaca que o agronegócio brasileiro enfrenta dificuldades internas - política tributária e limitações logísticas - e internacionais, como as barreiras sanitárias e não sanitárias, como ambientais e sociais. "As barreiras estão se acirrando cada vez mais", lamenta.

Conteúdos Relacionados