Protocolo de Kioto é adotado por 132 prefeitos norte-americanos
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Apesar de rejeitado pelo governo Bush sob a alegação de criar
desemprego e encarecer o custo da energia, o Protocolo de Kyoto está
sendo adotado por 132 prefeituras de cidades americanas, que representam 29
milhões de cidadãos em 35 Estados. Eles estão prometendo
que suas cidades cumprirão aquelas que seriam exigências obrigatórias
para o país caso o governo Bush não tivesse rejeitado o Protocolo
de Kyoto: uma redução da emissão de gases responsáveis
pelo efeito estufa para um nível 7% abaixo do de 1990, até 2012.
Nessa empreitada estão os prefeitos Greg Nickels, de Seattle, Michael
R. Bloomberg, de Nova York, e C. Ray Nagin, de Nova Orleans. A Califórnia,
sob o governador Arnold Schwarzenegger, um republicano, está buscando
limitar as emissões de dióxido de carbono, e o governador de Nova
York, George A. Pataki, também republicano, tem liderado esforços
para reduzir as emissões das usinas de força no Nordeste dop país.
Esforço louvável - Seattle está exigindo que os navios de cruzeiro que atracam em seu movimentado porto desliguem seus motores a diesel enquanto reabastecem e passem a utilizar apenas a energia elétrica fornecida pela cidade, uma exigência que tem forçado alguns navios a se adaptarem. Até o final do ano, a empresa de energia da cidade, a Seattle City Light, será a única empresa elétrica do país sem nenhuma emissão de gases responsáveis pelo Efeito Estufa, disse o gabinete do prefeito da cidade. Salt Lake City se tornou a maior compradora de energia eólica do Estado de Utah para conseguir atingir sua meta de redução. Em Nova York, a administração de Bloomberg está tentando reduzir as emissões da frota municipal comprando veículos híbridos gasolina-eletricidade. Nathan Mantua, diretor assistente do Centro para Ciência do Sistema Terra da Universidade de Washington, que estima o impacto do aquecimento global no Noroeste, disse que os esforços da coalizão são louváveis, mas provavelmente de impacto global limitado. "É claramente um passo politicamente significativo para a qualidade do ar nas cidades que farão isto, mas para o problema do aquecimento global é um passo de bebê”.