Projeto Água Viva leva mais saúde às famílias de associados
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Aconteceu no último dia 23 de novembro, na propriedade do associado Nelson Sachet, em Cascavel, o lançamento oficial do projeto Água Viva – Preservação e Recuperação de Nascentes, que é desenvolvido em parceria pela Coopavel e pela empresa Syngenta. Participaram do evento profissionais e o diretor presidente da cooperativa Dilvo Grolli, representantes da Syngenta, associados já beneficiados com o projeto na região e também jornalistas de rádio, jornais e de emissoras de televisão
Preservação - Iniciado em setembro de 2004, o projeto Água Viva foi idealizado para incentivar a recuperação e preservação das nascentes de água existentes nas 3.300 propriedades dos associados da cooperativa. O objetivo do projeto é recuperar até o final do ano cerca de 180 nascentes, devendo chegar a 1.000 até dezembro de 2005. "Com isso, queremos contribuir para a melhoria da qualidade da água consumida pela família do agricultor", disse o diretor presidente Dilvo Grolli.
Contaminação - De modo geral, as nascentes utilizadas nas propriedades ficam expostas a vários tipos de contaminação, "o que pode ocasionar problemas de saúde àqueles que consomem essa água", explica Dilvo Grolli. Segundo o gerente da Universidade Coopavel (Unicoop), Antônio Augusto Putini, que coordena o projeto, em uma amostragem feita em 32 nascentes, 49% das análises de água mostraram traços de contaminação por coliformes fecais. "Daí a importância do agricultor manter suas fontes de água muito bem protegidas, é uma questão de saúde para as famílias", disse ele.
Participação - Para Antonio Putini, boa parte do sucesso do projeto está na disposição dos próprios agricultores, que abraçaram a idéia da preservação, visando a qualidade da água. "Faz tempo que a gente queria fazer essa recuperação das minas e agora surgiu a oportunidade com a Coopavel", contou o associado Nelson Sachet, dono de uma área de 72 hectares. Na propriedade, há duas nascentes que foram recuperadas e que abastecem sua residência e a do filho Gilmar. O produtor considera essencial ter água de qualidade para a família, mas lembra que isso também é importante para o bem-estar dos animais. Junto com o filho, ele trabalha com pecuária de leite, com uma produção de 600 litros de leite por dia. "As vacas também precisam tomar água boa, assim como a gente", justificou.
Outros países - A idéia do Água Viva pode ser levada pela Syngenta também para outros países. A informação foi repassada por Egídio Moniz, gerente de segurança, saúde e meio ambiente da multinacional, que veio de São Paulo prestigiar o lançamento do projeto. Conforme Noniz, a contaminação de fontes de água não é um problema exclusivo do Brasil, "mas está presente também em outros países da América Latina, Ásia e África". "A proposta de estender esse projeto para outras regiões do mundo está sendo levada à sede mundial da Syngenta, na Basiléia, Suíça", confirmou o gerente. Egídio disse ainda que, provavelmente em março de 2005, alguns gerentes globais da Syngenta devem visitar a Coopavel no intuito de conhecer de perto o trabalho de preservação e recuperação de nascentes. "Isso é uma realização para todos nós, que temos na Coopavel uma grande parceira", completou.
Solo-cimento - O trabalho de recuperação da nascente é feito em um único dia, sempre em sistema de mutirão, reunindo os proprietários da área, parentes e também vizinhos, sob a orientação do instrutor Pedro Josino Diesel, contratado pela Universidade Coopavel (Unicoop). Na recuperação e preservação da nascente, a primeira etapa é a limpeza do local, para remoção de pedaços de madeira, restos de plantas ou outros tipos de sujeita que venham a comprometer a qualidade da água. Depois, é empregada a técnica denominada solo-cimento, com a qual se constrói uma camada protetora sobre a vertente de água, utilizando-se pedras de diversos tamanhos, pedaços de canos de PVC e uma massa feita com terra e cimento (solo-cimento). Todo o material é fornecido pela Coopavel e Syngenta. Ainda como parte do projeto, é realizada uma análise da água em cada nascente recuperada. A orientação é para que, posteriormente, cada agricultor procure realizar análises periódicas das nascentes. (Assessoria de Imprensa Coopavel)