PRODUTORES DE CAFÉ QUEREM ELIMINAR 15 MILHÕES DE SACAS

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A necessidade de se adotar políticas que beneficiem os países produtores está sendo a tônica da 1ª Conferência Mundial do Café, iniciada hoje (18), em Londres, com a participação de cerca de 400 pessoas. Com os preços do café atingindo níveis mais baixos nos últimos 30 anos, os países produtores, principalmente os mais pobres, dizem que a situação de seus cafeicultores é "desesperadora". A Organização Não-Governamental (ONG) Oxfam, por exemplo, apresentou um projeto que prevê a eliminação de cerca de 15 milhões de sacas, o que equivale quase ao total de café estocado nos países consumidores. Isso, segundo a Oxfam, poderia equilibrar a balança entre a oferta e a demanda de café e produzir uma elevação dos preços.

Excesso de oferta - O problema fundamental é o excesso de oferta, que inclusive tende a piorar nos próximos anos. O Vietnã, por exemplo, que hoje produz cerca de 11 milhões de sacas por ano, poderá estar produzindo cerca de 16 milhões de sacas em dois anos. Mesmo o Brasil, maior produtor mundial, poderá, segundo vários analistas, ter uma safra 2001-2001 entre 35 milhões e 40 milhões de sacas. A decisão da Associação dos Países Produtores de Café (APPC) de manter o plano de retenção e adotar um programa de qualidade, que prevê eliminação de grãos inferiores, é vista mais como um ato político do que uma medida com efeitos práticos no mercado. O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, chega hoje a tarde em Londres para participar da conferência, que será encerrada amanhã, sábado. (fonte: AgroCast)

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