PRODUTOR DE LEITE GOIANO RECEBE MAIS COM A CONCORRÊNCIA

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A concorrência entre empresas compradoras está tornando o leite goiano em um dos mais caros do Brasil, segundo reportagem do jornal Valor. A corrida das grandes empresas para Goiás deu-se em função da expectativa de compra do produto in natura a baixo preço. O baixo custo de produção em função da não especialização da maioria dos produtores e da distância dos principais mercados consumidores indicavam a possibilidade de um ganho extra das empresas. Assim, a Parmalat, a Nestlé, a Itambé, a Leitbom, a Marajoara e a Italac se instalaram na região, concorrendo com cerca de 600 laticínios. O fato é que hoje o leite goiano é um dos mais caros do país, onde os produtores receberam, em média, R$ 0,392 por litro, enquanto os mineiros receberam R$ 0,379 e os paulistas R$0,357. No Rio Grande do Sul, onde a concorrência é muito menor (apenas duas empresas grandes), o preço médio foi o menor: R$ 0,353 por litro.

Incentivos e crise - O incentivo do governo do estado, que deu 70% de isenção, por 15 anos, do ICMS às indústrias que se instalaram em Goiás a partir de 1995, foi uma das causas da chegada dos grandes grupos industriais do setor lácteo. Além da isenção, o governo concedeu financiamento aos produtores para compra de matrizes e equipamentos. A crise de preços ocorrida no ano passado levou os produtores a pressionarem o governo em busca de uma solução. O governo definiu que as indústrias que não estabelecerem contrato de compra e venda com os produtores perderão os benefícios fiscais.

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