PRODUÇÃO DE MILHO DEVE CAIR
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Embora ainda seja cedo para prever a nova safra de milho, mesmo porque já há escassez do produto em algumas regiões, já se especula que a produção nacional deve cair em função dos preços atrativos para a soja. Diante da especulação, com algum fundamento, de que a próxima safra pode cair, os técnicos do governo argumentam que é cedo para qualquer avaliação. A indicação da queda da próxima safra vem de Goiás, o primeiro Estado a tomar sua decisão de plantio, onde a área pode cair 15% em 2002/03 frente aos 728,8 mil hectares da primeira safra em 2001/02, segundo informações da Federação da Agricultura de Goiás-Faeg. A troca do milho pela soja, em Goiás, é determinada pelo preço. Desde abril, enquanto a saca de 60 quilos de milho subiu 9,5% (de R$ 10,50 para R$ 11,50), a cotação da soja cresceu 24,3% (de R$ 18,50 para R$ 23,00).
Produtores querem apoio do governo ? Diante das perspectivas de queda na produção, representantes dos produtores reunidos ontem (3) em São Paulo, cobraram apoio do governo para reverter essa tendência. Entre as medidas uma elevação do preço mínimo do milho e disponibilização de contratos de opções antecipadas, mecanismos que balizariam o preço do milho a ser praticado na próxima safra. O governo sinalizou que deve atender as reivindicações. Segundo Silvio Farnese, técnico da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o próximo plano safra, que sai no fim do mês, apontará aumento do preço mínimo do milho. No Paraná, onde a cotação atinge o mais alto patamar, o preço mínimo do milho é de R$ 7,42 por saca. Desde 1997, qualquer alta era travada pelo fato de que as dívidas securitizadas dos produtores estavam atreladas ao preço mínimo, mas esse vínculo acabou. A safra de milho que terminou de ser colhida caiu de 41,5 milhões de toneladas para 36 milhões de toneladas. (Fontes: Ocepar e Jornal Valor).