Preços futuros do milho e soja
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O mercado interno de milho continua registrando preços firmes e maiores em relação às semanas anteriores. As exportações em ascendência, somadas à entrega do produto vendido ao governo pelos contratos de opção, são alguns dos principais motivos para retração de oferta e aumento dos preços, principalmente nos estados do Centro- Sul. O preço do milho a vista (Campinas, SP), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em R$18,60/saca, no dia 28 de agosto, contra R$17,32/saca, em 21 de agosto, mostrando alta de 7,39% no período. O mercado futuro do cereal na BM&F continua em constante evolução. No dia 22, o número de contratos negociados registrou recorde de 889 contratos, ou 400.050 sacas. Os vencimentos mais curtos fecharam, no dia 28, a R$18,65/saca, para setembro/03; e R$19,81/saca, para novembro/03. Os vencimentos mais longos encerraram em R$20,50/saca para janeiro/04; R$20,25/saca para março/04; R$19,80/saca para maio/04; e R$20,30/saca para julho/04 (ver gráfico). Deve-se observar a oportunidade de o produtor travar o preço da nova safra de verão em torno de R$20,00/saca, referenciado em Campinas, e garantir antecipadamente boa margem de lucro. Foi divulgada, em 25 de agosto, a tabela de fretes para liquidação dos contratos futuros de milho com vencimento em setembro/03. O vendedor do contrato futuro de setembro que entregar milho em um dos armazéns credenciados pela BM&F receberá o preço da BM&F descontado pelo valor do frete respectivo. (Fonte BM&F).
Soja - De 22 a 28 de agosto, o mercado de soja foi comandado pela expectativa
de redução da produção de soja dos EUA, em final
de ciclo produtivo. Em 25 de agosto, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA)
divulgou o relatório de condições das lavouras norte-americanas.
Em condições boas e excelentes estão apenas 48% das lavouras,
indicando diminuição de 8% em relação ao relatório
anterior que registrava 56%. Em condições regulares encontram-se
31% delas, contra 28% na semana passada, e em condições ruins
estão 21% em relação aos 16% relatados anteriormente. Isso
contribuiu para que os preços futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) tivessem
forte alta. No dia 28, os vencimentos setembro e novembro da CBOT, que refletem
a safra norte-americana, fecharam a US$ 5,905/bushel e US$ 5,8825/bushel, apresentando
elevação de 2,07% e 1,55%, respectivamente, enquanto março
e maio de 2004 encerraram, no mesmo dia, a US$ 5,8475/bushel e US$ 5,775/bushel,
respectivamente. Segundo informações do mercado, o volume de soja
ainda não fixado pelo produtor, no mercado doméstico, está
elevado em relação aos anos anteriores. Essa retenção
pode comprometer o tradicional diferencial positivo no final de ano do mercado
interno em relação à paridade de exportação,
pois poderá haver concentração de oferta. Na BM&F,
os futuros da oleaginosa, em 28 de agosto, fecharam em US$223,00/tonelada (US$13,38/saca)
para novembro/03, US$ 206,00/ tonelada (US$11,47/saca) para março/04,US$198,00/tonelada
(US$11,88/saca) para abril/04 e US$ 197,50/tonelada (US$ 11,85/saca) para maio/04.
No dia 27/8, o volume de contratos em aberto foi de 280 contratos ou 280.000
toneladas. De acordo com a Agro Taxas, o preço da saca, em Paranaguá
(PR), ficou na faixa deR$40,00; em Concórdia (SC), fechou a R$37,90/saca;
e em Rondonópolis(MT), a R$33,90/saca.