Portarias que incentivam o cooperativismo
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As portarias assinadas pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, na última terça-feira que criam o Programa Gênero e Cooperativismo – Coopergênero e o Programa de Estímulo ao Ensino e à Produção Acadêmica na Área do Cooperativismo foram publicadas ontem no Diaário Oficial. O diretor do Denacoop, José Norberto Kretzer, que participou da solenidade do Dia do Cooperativismo promovida pela Ocepar na noite de ontem, afirmou que as portarias 156 e 157 estabelecem claramente a decisão do governo em apoiar o cooperativismo através de medidas que influenciam positivamente na formação e cooperativista e na organização do quadro social, condições para que as cooperativas tenham sucesso como empreendimentos da sociedade organizada.
Padronizar o ensino – O diretor do Denacoop disse que os novos programas de incentivo ao cooperativismo vem sendo estruturados desde o ano passado e que agora começa a parte prática. Na área educacional, ainda neste ano será realizado um levantamento para se conhecer as produções acadêmicas e o tipo de ensino ministrado em escolas de nível superior. Esse levantamento orientará a atuação do governo para padronizar o ensino do cooperativismo, uma vez que hoje se observa um desnivelamento entre os cursos existentes. Há uma grande preocupação das lideranças cooperativistas e do próprio governo com a qualidade da formação cooperativista não apenas no aspecto do nível do ensino, mas também na adequação do ensino à realidade e ao funcionamento legal das cooperativas.
Oficialização
– A ação do governo nessa área terá como resultado
a oficialização do ensino do cooperativismo nas escolas, nivelando-o
num padrão mínimo a ser estabelecido com base em experiências
bem sucedidas. José Norberto Kretzer lembra que recentemente a OCB realizou
levantamento que indicou haver mais de 28 universidades brasileiras com cursos
ou cadeiras voltadas à formação cooperativista. No entanto,
não há uma padronização adequada nesses cursos ou
disciplinas, mas um desnivelamento muito grande, o que impede o seu reconhecimento
pelo Ministério da Educação. De outra forma, a formatação
dos cursos e disciplinas de forma adequada às necessidades brasileiras
permitirá a formação de profissionais do setor preparados
para prevenir ou solucionar os problemas que vêm afetando as cooperativas
brasileiras. A expansão das cooperativas e a ampliação
de sua participação na economia são vistos como fatores
propícios à padronização do ensino do cooperativismo
nas escolas brasileiras.