Plano Brasil Cooperativo busca expansão
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A busca de crédito para apoiar os investimentos das cooperativas é um dos maiores desafios do Plano Brasil Cooperativo, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para incentivar o crescimento do setor no país. A avaliação é do diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Norberto Kretzer. “A criação de linhas de financiamento é crucial para fortalecer o sistema e estimular à abertura de novas cooperativas”, afirmou Kretzer, que se reuniu ontem (7) com sua equipe para tomar as primeiras medidas relacionadas com a implantação do plano. O decreto presidencial instituindo o grupo interministerial para coordenar a execução do Plano Brasil Cooperativo foi publicado ontem no Diário Oficial da União. Além do Mapa, fazem parte do grupo a Casa Civil da Presidência da República, os ministérios do Trabalho e Emprego; do Desenvolvimento Agrário; de Minas e Energia; das Cidades; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Educação; do Meio Ambiente; da Saúde; dos Transportes; da Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e a Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura.
Busca de crédito é prioridade - Kretzer adiantou que a busca de crédito para o cooperativismo será uma das prioridades do grupo interministerial. “Vamos designar um subgrupo para tratar especificamente dessa questão. As cooperativas precisam de dinheiro para desenvolver seus projetos.” Segundo ele, o BNDES será procurado para que estude a criação de uma linha de financiamento para fomentar os investimentos das entidades do setor. “Mas também podemos firmar outras parcerias ou até mesmo buscar recursos externos para capitalizar o sistema”. O grupo interministerial deverá ainda discutir as diretrizes da campanha institucional de incentivo à adesão da população ao cooperativismo, anunciada ontem (06/07) pelo presidente Lula, durante a solenidade comemorativa ao Dia Internacional do Cooperativismo, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília. “Só seremos um país cooperativo quando todas as regiões tiverem o mesmo nível de desenvolvimento do sistema. E isso só se consegue divulgando as ações e as experiências positivas das cooperativas”, destacou Kretzer.
Universidade
do cooperativismo - O ensino da doutrina cooperativista e da gestão
e organização do sistema é outra ação prioritária
do grupo interministerial. A idéia do governo é trabalhar em parceria
com a OCB, que já desenvolve o projeto de escolas cooperativas. Essa
experiência pode servir como base para a futura criação
de uma universidade do cooperativismo brasileiro. O grupo tem um prazo de 180
dias para concluir o trabalho. O ministro Roberto Rodrigues enviará aviso
aos colegas dos ministérios envolvidos no grupo para que indiquem os
seus representantes. Ele encaminhará ainda ofícios à OCB,
ao Banco Central, ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia para que também nomeiem
membros para o grupo