PLANEJAMENTO SICREDI: Os desafios do cooperativismo de crédito

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Cerca de 500 dirigentes cooperativistas, autoridades e executivos do setor participaram, na noite de ontem (23/11), da abertura do Seminário de Planejamento Estatégico Sicredi, realizado no hotel Gran Meliá WTC. Estiveram presentes os representantes dos sistemas organizados de crédito (Unicred, Sicoob, Cresol), os presidentes das cinco centrais Sicredi, da Confederação Sicredi, do Banco Cooperativo Sicredi, diretor do Ciesp e do Banco Central. Do representante do Banco Central, Luiz Edson Feltrin, que falou em nome do diretor do Deorf, Sergio Darcy, que os dirigentes dos sistemas ouviram palavras de incentivo e esperança. Feltrin disse que o Bacen considera praticamente completo o "marco regulatório" do cooperativismo de crédito e que brevemente o diretor do Deorf deverá submeter à aprovação das autoridades cerca de 15 projetos de transformação de cooperativas em "de livre admissão de associados".

Fiesp e cooperativas - O seminário foi aberto pelo anfitrião, o presidente da Central Sicredi SP, Osmar Ismael, que falou da importância do cooperativismo de crédito, dos avanços na área legal e do crescimento no Estado de São Paulo. Em seguida, falou o representante da Ciesp - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Cláudio Michelin, que deu um depoimento muito positivo do crescimento das cooperativas Sicredi com apoio da Fiesp. Afirmou que apesar de relativamente recentes, as cooperativas estão crescendo acima das expectativas, com grande aceitação dos empresários em função dos diferenciais competitivos oferecidos pelas cooperativas de crédito, que estão se tornando referência de concorrência no meio financeiro. Michelin disse que a Fiesp espera apoiar a constituição de 10 a 12 cooperativas do sistema Sicredi nos próximos cinco anos. Em seu depoimento sobre a experiência da Fiesp com a constituição das cooperativas de crédito empresariais, demonstrou claramente a satisfação dos associados e a grande expectativa com o crescimento do setor. “Acredito piamente nisso”, concluiu.

A função do Banco Central – O representante do Banco Central, Luiz Edson Feltrin, disse que em termos relgulatórios do cooperativismo de crédito o trabalho dos profissionais do banco está quase completo, faltando apenas alguns aperfeiçoamentos e que agora a preocupação é com a expansão, com os sistemas de gestão, garantia e gestão das cooperativas. Em nome do diretor do Deorf, Sergio Darcy, trouxe alguns desafios para os sistemas cooperativos de crédito presentes ao seminário: pensar num sistema único de auditoria, no desenvolvimento de um único fundo garantidor para todas as cooperativas e no aperfeiçoamento da governança corporativa. “Cooperativa só se desenvolve se houver participação dos associados”, frisou. Disse ainda que o Banco Central é parceiro do crescimento das cooperativas de crédito e que seu objetivo é criar um ambiente favorável para o seu crescimento e fortalecimento.

O planejamento para 2010 – Falando em nome dos dirigentes das cooperativas centrais do RS, PR, SP, MS e MT, o presidente da Confederação Sicredi, Alcenor Pagnussat, disse que o sistema está consolidado, com ativos superiores a R$ 5 bilhões, com 978 unidades ligadas on line em nove Estados brasileiros, com um balcão completo de produtos e serviços. O sistema Sicredi –afirmou Pagnussat – vem enfrentando com profissionalismo os novos desafios do sistema financeiro e que, se os investimentos em tecnologia foram grandes nos últimos anos na busca da eficiência e da competitividade, “não fizemos nada ainda” diante dos avanços previstos na plataforma tecnológica. Até amanhã à tarde, os dirigentes devem compatibilizar as propostas do sistema a serem executadas até o ano 2010.

Cooperativismo de crédito brasileiro – A solenidade de abertura do seminário contou também com a presença do representante da Woccu (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito), Oswaldo Oliva; dos presidentes do Banco Cooperativo Sicredi, Ademar Schardong; do sistema Sicoob, Heli de Oliveira Penido; do sistema Unicred, Jayr de Paula Gonçalves; do sistema Cresol, Adriano Michelon; da Confebras e Cecresp (SP), Manoel Messias da Silva; do representante da Ocepar, Gerson Lauermann; além dos presidentes das cinco centrais, alguns prefeitos, vereadores, e profissionais de cooperativas. A comitiva do Paraná, liderada pelo presidente da Central Sicredi, Seno Cláudio Lunkes, tem cerca de 70 participantes, entre os quais o vice-presidente Manfred Dasenbrock e o superintendente Enácio Cattani.

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