PIB chinês cresce 9,7% no primeiro semestre de 2004
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O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,7% no primeiro semestre de 2004, para US$ 710,7 bilhões, segundo dados do Escritório Nacional de Estatística publicados nesta sexta-feira, pela agência oficial Xinhua. O Índice de Preços ao Consumo (IPC) chegou a 3,6% anualizado durante esse mesmo período, segundo informou Zheng Jingping, porta-voz do Escritório.
Inflação - Durante o primeiro semestre do ano, o preço das matérias-primas e do combustível aumentou 9,8%; o dos alimentos, 9,5%; o preço da casa subiu 3,7%, enquanto os produtos médicos e sanitários registraram uma alta de 0,3%. Os preços dos produtos a varejo subiram 2,4%, e os da produção industrial, 4,7%. Além disso, a educação e o preço dos produtos culturais subiram 0,9%. Por outro lado, houve queda nos preços dos produtos têxteis (1,4%), dos eletrodomésticos (1,6%) e do transporte e das telecomunicações (1,7%). Os sinais inflacionários devido ao excesso de investimento se fizeram evidentes e atingiram a cifra mais alta dos últimos sete anos, embora ainda embaixo dos 5% fixados pelo Banco Popular da China para aumentar as taxas de juros.
Abalo econômico - Pequim anunciou que não tomará nenhuma decisão sobre a alta das taxas de juros até setembro, devido à dificuldade de julgar a subida do IPC em comparação com o ano anterior, no qual a economia chinesa se viu seriamente afetada pela crise da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars). As cifras de crescimento publicadas hoje se situam abaixo das previsões lançadas pela Comissão Estatal para o Desenvolvimento e a Reforma na semana passada, que estimava o crescimento do primeiro semestre em 10,5% anualizado e anunciava 11,3% para o segundo semestre. Além disso, o primeiro-ministro, Wen Jiabao, lançou várias mensagens esta semana sobre a boa caminhada da economia chinesa apesar de reconhecer que ainda restavam alguns problemas para resolver, como a saturação de setores como o aço, o cimento e a propriedade.
Crescimento
em 2003 - O governo chinês se comprometeu no início do
ano a manter o crescimento em 7%, depois do recorde batido em 2003 com 9,1%,
para dar prioridade à melhora dos serviços sociais e a equilibrar
a lacuna econômica entre as áreas rurais e as urbanas. (Fonte:
Agência EFE)