Pessuti defende revitalização dos conselhos de sanidade
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No seu último dia como governador em exercício, Orlando Pessuti participou nesta segunda-feira (17.10), da reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), do qual é presidente, e pediu aos representantes dos conselhos de sanidade agropecuária (CSAs) que criem conselhos nos municípios onde eles ainda não existem. Atualmente são 161 CSAs para 399 municípios do Estado. A intenção é também revitalizar os conselhos já existentes, melhorando os mecanismos de controle da sanidade animal dentro do Paraná. Pessuti fez ainda questão de frisar que a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa começa no dia 1º de novembro. O superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Valmir Kowalewski de Souza, falou sobre a necessidade de ampliar os trabalhos de vigilância sanitária. Kowalewski disse que os principais desafios no momento são a febre aftosa e a gripe aviária. O consultor do Centro Panamericano de Febre Aftosa, Júlio César Augusto Pompei, complementou a apresentação do superintendente do ministério, explicando a necessidade de se pensar globalmente e atuar localmente.
Ocepar mostrou resultados – Durante a reunião, o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa, apresentou aos cerca de 250 participantes um balanço dos avanços econômicos da pecuária com o programa de sanidade, implantado há dez anos. Nesse período sem aftosa, explicou Costa, o Paraná conseguiu gerar 465 mil novos empregos no campo e na indústria. O Estado galgou posições, passando, por exemplo, de 4º para 3º produtor de suínos. O programa de sanidade possibilitou um adicional de renda de R$ 3 bilhões ao ano para o Estado. Costa disse que hoje o Paraná é dono de uma indústria de carnes altamente moderna que exporta para mais de 150 países.
Produtores cobram prevenção – Alguns representantes dos conselhos de sanidade agropecuária criticaram o fato de que o trabalho de conscientização para controle da aftosa só tenha sido intensificado agora, depois do surgimento de focos. “Esse trabalho estava parado”, afirmou um conselheiro, que preferiu não se identificar. A Seab contesta a informação e garante que as reuniões são rotineiras e que o encontro de ontem já estava agendado há meses. Nelson de Oliveira, presidente do conselho intermunicipal de Campo Mourão, que reúne seis municípios do Centro-Oeste, disse que o trabalho precisa ser permanente porque muitos pecuaristas deixam de vacinar o rebanho. Alguns, segundo ele, chegam a comprar vacina para obter a nota fiscal, mas jogam o produto fora. “Tivemos até que denunciar criadores que não estavam vacinando os animais.” (Fontes: Ocepar, com informações do jornal Gazeta do Povo).
NOTA DOS SECRETÁRIOS DE AGRICULTURA
Os secretários. de Agricultura dos Estados brasileiros reunidos em Brasília
para avaliar a ocorrência de Febre Aftosa em território brasileiro,
vem de publico adotarem os seguintes posicionamentos:
1. Reconhecer como satisfatórias as medidas sanitárias que estão
sendo tomadas pelo Iagro (Instituto de Defesa .de Mato Grosso do Sul) e pelo
Mapa, no sentido de debelar a doença e minimizar seus efeitos.
2. Reconhecer os esforços dos Governos Estaduais, em parceria com produtores,
vem fazendo para buscar e manter o status sanitários de seus rebanhos.
3. Solicitar a
equipe econômica do Governo Federal que viabilize na velocidade necessária
os recursos demandados pelo Mapa e destinados a área de Defesa Sanitária
Animal e Vegetal.
4. Cobrar a imediata liberação dos recursos orçamentários
já previstos, em caráter emergencial, postergando as formalidades
documentais para um segundo momento.
5. Solicitar ao Presidente Lula, apoio firme e temporâneo às ações
relacionados com a agropecuária brasileira.
6. Recomendar ao Governo Brasileiro ações diplomáticas
no sentido de estabelecer acordos de cooperação técnica
na área de defesa sanitária animal e vegetal com países
limítrofes, especialmente com Paraguai e Bolívia.
7. Recomendar ao MAPA tratativas imediatas com a OIE no sentido de retomar o
Status sanitário da TO, BA, ES, MG, SE e RJ
8. Não haverá restrições para o transito e comercialização
para outras unidades federativas de animais não susceptíveis a
Febre Aftosa, bem como seus produtos e subprodutos, oriundos de fora da área
de emergência definida pelo Mapa;
9. Não haverá restrições para o transito e comercialização
de carne desossada e maturada de bovinos e de carne de suínos para outras
unidades federativas quando oriundos de fora da arca de emergência definida
pelo Mapa
10. Não haverá restrições para o transito e comercialização
de produtos lácteos industrializados para outras unidades federativas
fora da arca de emergência definida pelo MAPA, desde que submetidos a
tratamento.suficiente para a inativacão do vírus da Febre Aftosa,
de acordo com as normas da OIE.
11. Não haverá restrições para o transito e comercialização
de couros e derivados para outras unidades federativas fora da área de
emergência definida pelo Mapa, desde que submetidos a tratamento suficiente
para a inativacão do vírus da Febre Aftosa, de acordo com as normas
da OIE
12.As determinações para o trânsito de animais vivos de
espécies susceptíveis a Febre Aftosa serão acordadas bilateralmente
entre as diferentes unidades da Federação.
Brasília, 14 de outubro de 2005