Pesquisa sobre consumo de produtos orgânicos

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Como parte da conclusão de curso em Pós-Graduação, nível de Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, o funcionário da área de Recursos Humanos da C.Vale, Evandro Jackson Redivo Nava, precisa de uma resposta: Alimentos orgânicos têm a preferência do consumidor? E para que este questionamento seja embasado numa consulta científica com o maior número de pessoas, ele coloca a disposição dos internautas, sejam consumidores ou não de produtos orgânicos, uma pesquisa para que seja respondida. Para responder, acesse o endereço www.esferavirtual.dominioz.com/evandro/introducao_azul.php. Segundo Jackson, falta apenas este levantamento para que ele conclua sua tese. “Esta pesquisa pode ser respondida por qualquer pessoa, que já tenha ou não consumido algum tipo de produto orgânico. Sabemos que este é um nicho de mercado que cresce a cada dia que passa, no Brasil, o mercado de alimentos orgânicos movimenta US$ 200 milhões e vem crescendo 40% ao ano; isto aponta o Brasil como um mercado em potencial, pois o negócio de orgânicos no mundo movimenta US$ 23 bilhões ao ano, sendo US$ 13 bilhões nos Estados Unidos e US$ 10 bilhões na Europa e Japão”, lembra. A intenção de Jackson é formular uma estratégia de marketing para que as empresas que atuam neste ramo posam ganhar cada vez mais mercado. Para ajudar aquelas pessoas interessadas no assunto, Jackson disponibilizou algumas informações interessantes sobre o assunto:

Alternativa viável - Ao longo dos anos, a agricultura tem buscado cada vez mais a modernidade para alcançar a excelência na qualidade dos seus produtos. A alternativa de produção através do uso natural de fertilizantes, associado ao controle de pragas e doenças sem uso de agroquímicos, resultando num sistema que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais, caracteriza-se como produção orgânica, considerada como um dos segmentos que apresenta ascensão na carteira do agronegócio, certamente por ter alcançado um lugar de destaque nas feiras e supermercados. O mercado tem demonstrado uma série de vantagens para a consolidação dos alimentos orgânicos na economia. A grande aceitação de produtos oriundos de sistemas preservacionistas e livres de aditivos químicos indica que esse segmento não se resumirá a cultivos em pequenas propriedades ou até mesmo de caráter doméstico. Não mais se pensa que esse tipo de atividade vise apenas a satisfação pessoal e dos adeptos de ideologias ambientalistas, mas sim uma promissora atividade lucrativa.

Certificação - A produção e comercialização de produtos orgânicos traz consigo a necessidade da abordagem sobre a certificação, entendida como o processo que garante ao consumidor um produto que de fato não fora produzido com insumos de síntese. A certificação é um processo que atesta que determinada propriedade está dentro das Normas de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Portaria M.A. 07 de 17.05.99), e que os alimentos produzidos e comercializados são realmente orgânicos. Quem certifica, fornece os selos e inspeciona o produtor orgânico são algumas ONGs (organizações não-governamentais), credenciadas junto ao Ministério, a exemplo do Instituto Biodinâmico (IBD) e da Associação de Agricultura Orgânica (AAO).

Crédito - O Banco do Brasil, através do BB Agricultura Orgânica, oferece crédito específico para agricultores que adotaram práticas orgânicas de cultivo e criação e são certificados. O crédito destina-se a custeio, investimento e comercialização da safra. O financiamento conta com taxas de juros que variam conforme o programa. Para a liberação dos recursos, uma das exigências feita pelo BB, dentre outras, é que o agricultor já esteja inserido no contexto da produção orgânica.

Comercialização - A procura por alimentos orgânicos é cada vez mais crescente. Apesar disso, o sistema de comercialização sofre com alguns problemas. Dentre eles destacam-se o perfil dos profissionais responsáveis pela produção e pelo gerenciamento da atividade, a dificuldade de organização dos grupos de agricultores, além da falta de estrutura de vários empreendimentos produtivos. Um dos entraves à expansão do mercado de orgânicos tem sido o preço dos produtos. A superioridade desses preços em relação aos dos produtos convencionais está relacionada com um conjunto de fatores, a exemplo da baixa escala de produção, desorganização do sistema produtivo e do processo de comercialização. Há quem justifique também pelo próprio custo de produção. Não obstante, no Brasil já são conhecidos alguns sistemas mais organizados para este tipo de produção, seja individualmente ou organizada através de cooperativas e associações. Isso certamente facilitará a entrada dos alimentos orgânicos nos diversos postos de venda, bem como no mercado externo, que tem mostrado uma grande potencialidade de consumo. Maiores informações sobre o assunto podem ser obtidas com o próprio estudante, Evandro Jackson Redivo Nava, Mestrando em Engenharia de Produção – UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) pelo Telefone: (44) 649.8145

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