PERSPECTIVAS POSITIVAS PARA A SOJA

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A receita de exportação do complexo soja (óleo e farelo), deverá continuar sustentando o saldo da balança comercial até setembro. As vendas para o exterior neste ano poderão atingir o recorde histórico registrado em 1997, quando o setor faturou US$ 5,7 bilhões. No ano passado, a receita de exportação do complexo soja somou US$ 5,2 bilhões. Além do atraso nos embarques por causa da greve dos auditores da Receita Federal, os produtores seguraram as exportações nos últimos meses na expectativa de obter preços melhores e saíram-se muito bem. O resultado está estampado na balança comercial deste mês. Da primeira para a segunda semana de julho, a receita de exportação com soja cresceu duas vezes e meia. E a tendência é de que no mês que vem o resultado seja ainda melhor, diz o gerente-técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Nelson Costa. Ele destaca que as vendas de julho refletem o movimento de junho e que o pico dos embarques deve estar ocorrendo neste mês. Até agora, 55% da produção destinada à exportação foi despachada, ante mais de 70% em igual período do ano passado.

Fatores favoráveis - "Houve uma conjugação de fatores favoráveis", observa Costa. Um deles, ressalta, foi a disparada dos preços do grão na Bolsa de Chicago. Nos últimos 45 dias, a cotação do produto subiu 17% em dólar. O risco de seca generalizada e a falta de chuvas que já afeta as lavouras do Meio-Oeste, a principal área produtora de grãos dos Estados Unidos, e estoques mundiais menores impulsionaram as cotações. Para agosto, a tonelada do grão está cotada a US$ 209. O outro fator, acrescenta Costa, foi a desvalorização do real em relação ao dólar, que ampliou as receitas de exportação em reais.

Uma safra de 50 milhões de toneladas - Estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) indicam que a safra recorde de 41,8 milhões de toneladas de soja deve render neste ano exportações de 16, 3 milhões de toneladas de grãos, de 11,6 milhões de toneladas de farelo e de 1,7 milhão de toneladas de óleo. A projeção de safra para o ano que vem irá depender fundamentalmente de como o tempo irá se comportar nas áreas produtoras do EUA nos próximos 30 dias, uma vez que a lavoura está numa fase crucial. Costa diz a próxima safra brasileira poderá atingir 50 milhões de toneladas. O próprio Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) trabalha com a expectativa de 47 milhões de toneladas.

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