PECUÁRIA: Exportações de carne sobem 11,65% em 2011

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A receita cambial com exportação de carne bovina apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período. As informações são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), divulgadas terça-feira (18/01). O preço da tonelada subiu quase US$ 1 mil, passando de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011.

Volume - Em volume, entretanto, houve queda de 10,80%. Os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas em 2011, em comparação com 1,230 milhão de toneladas em 2010. A Abiec informa que os resultados ficaram em linha com o esperado inicialmente (receita cambial de US$ 5,3 bilhões e queda de 10% em volume).

Mercado - Segundo Hyberville Neto, veterinário e consultor da Scot Consultoria, o mercado brasileiro de carne bovina está em declínio. De acordo com ele, 2011 foi um ano positivo para o setor em termos de faturamento, mas que nada se compara ao pico vivido pelo mercado até 2007, onde o País tinha volume suficiente para atender os mercados interno e externo a um preço competitivo. Hoje, o Brasil vem perdendo espaço principalmente para os Estados Unidos. Neto advertiu que a combinação de preços altos com baixa oferta prejudica cada vez mais a competitividade do Brasil. ""A carne brasileira é uma das mais caras do mundo"", observou.

Cortes - Por tipos de carne, o segmento in natura liderou os embarques com receita de US$ 4,167 bilhões, representando alta de 7,98%. No entanto, em volume, houve queda de 13,76%, com embarque de 819 mil toneladas. Esse volume representou 75% do total exportado em 2011. O segmento de carne industrializada, em volume, ficou com participação de 10%, enquanto miúdos representou 9% e tripas, 6%.

Países compradores - Em termos de receita cambial, carne in natura representou 78%, industrializada 12%, tripas e miúdos 5% cada. Por região, em volume, Oriente Médio e norte da África lideraram com 32%; Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, juntos, ficaram com 22%; Ásia, 19%; América Latina e Caribe, 11%; União Europeia, 10%; e África, 3%. Em faturamento, Oriente Médio e norte da África participaram com 31%, seguidos de Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, que juntos representaram 20%; União Europeia, 16%; Ásia, 15%; e América Latina e Caribe, 12%. Os principais destinos, em volume, foram: Rússia (22%), Hong Kong (17%), Irã (12%), União Europeia e Egito (10% cada). Já em termos de faturamento, os principais destinos foram: Rússia (20%), União Europeia (16%), Hong Kong e Irã (13% cada) e Egito (8%). (Folha de Londrina/Com Agência Estado).

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