PAULO BERNARDO: \"Os armazéns do IBC ficam em boas mãos\"
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Esta foi afirmação do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, durante solenidade realizada na manhã desta sexta-feira (15/07), na sede da Ocepar, quando entregou a cada um dos presidentes e representantes das cinco cooperativas, cópia da Portaria que oficializa a cessão, sob regime de arrendamento, de sete unidades armazenadoras, com capacidade total de 155 mil toneladas, do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC). O ministro disse que estava tranqüilo ao regulamentar uma situação que se arrastava por muitos anos, com a certeza em saber que estes imóveis “estão em boas mãos” e que as cooperativas são entidades que muito tem contribuído para o desenvolvimento econômico do Paraná, principalmente nas localidades onde estão instaladas. Além do ministro, também participaram da solenidade de entrega das portarias o senador Flávio Arns (PT-PR), o superintendente regional do Banco do Brasil, Edemar Mombach, o representante da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, Francisco Carlos Simioni, o gerente regional do Patrimônio da União, Dinarte Antonio Vaz, dirigentes cooperativistas e outras autoridades. Nesta mesma solenidade, o ministro também repassou para 29 prefeituras municipais, 31 imóveis que pertenciam a extinta LBA, imóveis estes que serão utilizados pelos municípios nas demandas sociais.
Segurança – Os armazéns do IBC já estão sendo utilizados pelas cooperativas, mas sem um procedimento oficial por parte do Patrimônio da União que desse segurança, pois poderiam ser requeridos de volta a qualquer momento. A Ocepar vinha solicitando a regularização desses contratos há vários anos, desde quando o instituto havia sido extinto em 1990 e, recentemente, expôs o problema ao ministro Paulo Bernardo, que buscou solução definitiva. Foram beneficiadas pelo contrato as cooperativas Cocamar, Coamo, Cocari (duas unidades), Valcoop (duas unidades) e Coceal. Na avaliação do ministro, trata-se de um estímulo a um importante setor da economia paranaense. "As cooperativas são responsáveis por organizar a produção do Estado, dentro de um segmento fundamental para o Brasil". O ministro disse ainda que essa oficialização ainda se configura num fato muito positivo, pois os imóveis são bem cuidados pelas cooperativas têm capacidade administrativa e financeira para fazer, se necessário, eventuais reparos. E ganham tranqüilidade porque poderão utilizar esses estruturar por dez anos, em contrato prorrogável por igual período.
Empenho de Paulo Bernardo e Flávio Arns - João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, destacou o empenho e o compromisso do ministro, lembrando que essa é uma antiga demanda do sistema cooperativo, que a partir de agora poderá trabalhar com maior tranqüilidade no que diz respeito à relação contratual com esses armazéns. As cooperativas administram 46% da capacidade total de armazenagem do Paraná, que hoje soma 21,3 milhões de toneladas. Também elogiou a dedicação do senador Flávio Arns, que vinha buscando, junto aos órgãos do governo, solução a essa pendência. Koslovski elogiou a rapidez como o ministro, após ser procurado, encontrou solução.
Vitória contra a burocracia - "Isso deve ser considerado uma vitória, uma conquista, infelizmente, contra a burocracia que acaba nos derrotando, a menos que todos nos sejam persistentes. Temos que mudar isso no Brasil para que o acesso da população a direitos e benefícios se torne cada vez menos burocrático", afirmou o senador Flávio Arns. Ele lembrou que há mais de dois anos vinha buscando solução a essa pendência, participando de reuniões com coordenadores do Patrimônio da União, que mudaram três ou quatro vezes, e com as assessorias e consultorias jurídicas e com os próprios ministros do planejamento. "Felizmente chegamos a um bom termo. É importante destacar a participação do ministro Paulo Bernardo, que tem um espírito prático, pragmático e concreto de resolver problemas", frisou. O senador disse ainda, que essa conquista deve deixar o cooperativismo do Paraná em festa porque “É uma referência, é um estímulo e uma esperança para o Brasil”. O próprio presidente da República, em inúmeras ocasiões fez uma referência a isto. O cooperativismo permite que todos tenham o seu espaço, seja o produtor grande, mas principalmente, o produtor pequeno, porque um percentual extraordinário nas cooperativas é constituído de pequenos agricultores. Isso faz com que o povo se organize, tenha mais chance, orientação e espaço no mercado", comentou o senador Arns.
Armazéns arrendados pelas cooperativas |
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Cooperativa |
Localização/município |
Área construída |
Capacidade de armazenagem |
Coamo |
Peabiru |
19.440 m2 |
582 mil sacas de 60 kg - ensacado |
Coceal |
Ibiporã |
6.672 m2 |
133 mil sacas de 60 kg - granel |
Valcoop |
Ibiporã |
8.376 m2 |
167 mil sacas de 60 kg - granel |
Londrina |
16.830 m2 |
337 mil sacas de 60 kg - granel |
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Cocari |
Mandaguari |
10.038 m2 |
200 mil sacas de 60 kg - granel |
Marialva |
11.022 m2 |
220 mil sacas de 60 kg - granel |
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Cocamar |
Paissandu |
31.000 m2 |
930 mil sacas de 60 kg - ensacado |
Fonte:
Cooperativas. Considerado 20 sacas/m2 para armazenagem a granel e 30 sacas/m2
para armazenagem convencional.