Parlamentares participam de café da manhã na OCB
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Um grupo de parlamentares (deputados e senadores) da base governista participou nesta quarta-feira (15/10) de um café da manhã na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília. Também participaram representantes de órgãos federais, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Moacir Micheletto, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski e o vice-presidente da OCB e diretor da Ocepar Luiz Roberto Baggio, além do presidente da OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas. Koslovski destacou a importância de encontros como esse, "que promovem o diálogo e integração do sistema com os parlamentares". Segundo João Paulo, também é uma oportunidade para que deputados e senadores conheçam melhor o cooperativismo brasileiro e sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social do País.
Márcio Freitas - Em seu discurso, Márcio Lopes de Freitas, lembrou do surgimento da OCB - uma rede formada por 5,2 milhões cooperados que fazem parte de 7.549 cooperativas e que geram cerca de 170 mil empregos diretos em um sistema integrado. De acordo com o presidente da entidade, as cooperativas agropecuárias - um dos 13 ramos do Cooperativismo - são responsáveis por 35% do PIB agrícola do país. Freitas falou ainda da importância do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), como órgão de capacitação profissional dos cooperados e por último abordou as quatro tendências do Cooperativismo: a Profissionalização da Gestão; a Formação de Redes Intercooperativas; a Educação Cooperativista e a Responsabilidade Social.
Roberto Rodrigues
- Já o ministro Roberto Rodrigues fez uma retrospectiva sobre o Sistema
Cooperativista ao longo da história e lembrou que mesmo sendo conhecida
há quatro séculos, as cooperativas só surgiram com poder
e com vigor no mundo moderno devido às conseqüências da Revolução
Industrial na Europa, no século 19. Para ele, a exclusão social
e a concentração de riquezas impulsionaram a chamada "Primeira
Onda" da história do Cooperativismo, que se estendeu até
a queda do Muro de Berlim. Rodrigues disse que o Cooperativismo hoje é
uma ponte entre o mercado e o bem-estar das comunidades e das pessoas comuns.
"Esse é o conceito moderno do Cooperativismo: uma ponte entre o
mercado e a felicidade", finalizou.
Genoíno - O presidente do PT afirmou que o partido pretende ter uma relação
positiva com a OCB, e que eventuais pontos contraditórios serão
trabalhados de forma tranqüila e civilizada com os parlamentares. Como
exemplo, José Genoíno citou a Lei da Biotecnologia. "Há
divergências, mas temos interesse em mediar uma relação
racional sobre essa questão", garantiu Genoíno. Para ele,
a tendência do Cooperativismo é se desenvolver e conquistar um
tratamento legal e institucional adequado para superar os obstáculos.
Segundo o presidente do PT, diante da nova realidade econômica de crise
nas relações de trabalho, desemprego e péssima distribuição
de renda no Brasil, "o Cooperativismo torna-se uma alternativa para gerar
oportunidades". O dirigente petista também elogiou a postura e a
competência profissional do ministro Roberto Rodrigues. "Ter você
no Governo Lula, é uma honra para todos nós", enfatizou José
Genoíno, dirigindo-se ao ministro da Agricultura.