Paraná tem R$ 300 milhões para plantar trigo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Dos R$ 700 milhões prometidos pelo Ministério da Agricultura para os produtores plantarem a safra de inverno, cerca de R$ 300 milhões devem ficar no Paraná. Esse é o volume previsto para financiar as lavouras de trigo no Estado e a antecipação desse dinheiro deve provocar um alívio aos produtores, disse ontem o gerente do Agronegócio da Superintendência do Banco do Brasil no Paraná, Sérgio Mantovani."Esse dinheiro já está disponível nas agências", afirmou. No total, o governo prometeu uma ajuda que deve somar R$ 1,5 bilhão para Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Além dos recursos para o trigo, a aplicação no Paraná vai depender da demanda pela linha de crédito disponível, explicou Mantovani.

Dívidas do Pronaf - A prorrogação das dívidas dos pequenos produtores junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) depende de reconhecimento da Secretaria Nacional de Defesa Civil dos municípios que decretaram estado de calamidade pública ou emergência. O governo do Estado enviou a documentação dos municípios na semana passada e uma decisão depende da burocracia, que é considerada lenta. O ministério vai disponibilizar ainda R$ 500 milhões em Empréstimos do Governo Federal (EGF) nos três estados para ajudar o produtor na comercialização dos produtos. Mantovani acredita que os produtores de milho e trigo deverão acessar mais essa linha de crédito, para terem o suporte necessário para reter a produção até um período mais apropriado à comercialização.

Pecuaristas - O banco está liberando ainda R$ 200 milhões para financiar os pecuaristas que precisam reter os animais na propriedade. Trata-se de uma linha nova incluída no pacote por causa do comprometimento das pastagens pela estiagem. Os produtores dos municípios que decretaram situação de emergência no Paraná (51 ao todo) também poderão acessar essa linha que vai financiar a retenção do gado por 24 meses. Segundo Mantovani, toda a ajuda que o governo e o BB podem dar ao produtor nesse momento de dificuldade está sendo feita. Ele apontou a prorrogação do pagamento do financiamento do trigo plantado no ano passado. As parcelas venceram em novembro de 2004, mas o banco prorrogou até março deste ano porque o produto não teve preço nem comprador no período da comercialização. Com a seca, o banco decidiu reescalonar as parcelas em três vezes a partir de julho deste ano. (Folha de Londrina)

Conteúdos Relacionados