Paraná tem pressa na produção e uso do biodiesel à base de soja

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Tratores e outras máquinas agrícolas paranaenses deverão rodar com biodiesel, um novo tipo de combustível a ser misturado na proporção de 5% com o óleo diesel consumido no estado. O B5, denominação técnica, deverá ser produzido inicialmente a partir da soja. Testes já são realizados em 25 ônibus curitibanos movidos por essa mistura e à espera de autorização definitiva do governo federal para que o biocombustível seja utilizado em toda a frota de transporte coletivo urbano da cidade. Além de reduzir a dependência nacional ao diesel, o biocombustível poderá cortar até 17% da emissão de dióxido de carbono na atmosfera e gerar até 200 mil empregos no campo em todo o país, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que coordena um programa nacional de desenvolvimento tecnológico de biodiesel (ProBiodiesel), anunciado em Curitiba, dia 14 de outubro do ano passado. O MCT e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Paraná assinaram, à época, convênio e um protocolo de intenções destinado a estabelecer um centro de referências em biocombustível no estado.

Uso será estimulado - Na tarde de ontem, o vice-governador, Orlando Pessuti, que acumula o cargo de secretário da Agricultura, reuniu-se com os secretários de Ciência e Tecnologia, Aldair Rizzi, e equipe técnica do Meio Ambiente, e com representantes de cooperativas, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e técnicos da Emater, com o objetivo de debater uma proposta de um programa estadual destinado a estimular o uso de biocombustível no Estado. Segundo o representante do Iapar, Antônio Costa, decidiu-se criar uma comissão estadual para definir a regulamentação do biocombustível, passo essencial para que o Ministério do Meio Ambiente libere a produção do novo combustível. Um dos problemas ainda não definidos pelo governo federal diz respeito à licença para a produção do biocombustível. Há setores que defendem a tese de que cooperativas regionais poderiam assumir a produção, pulverizando o fornecimento em todas as regiões, sem criar uma distribuidora única nacional, subordinada à Petrobras. O biodiesel pode ser produzido ainda de girassol, colza, milho, amendoim, mamona e outros óleos vegetais. (Fonte: Gazeta Mercantil)

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