Paraná lidera regionalização avícola
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O Paraná está saindo na frente na criação de um programa que tem como objetivo implantar na avicultura do País o conceito de regionalização sanitária por estados. A primeira fase do projeto tem como meta permitir que até o final de 2006, além do Paraná, maior produtor brasileiro de carne de frango, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo estejam com a regionalização implantada e reconhecida internacionalmente pelos países compradores e entidades internacionais. Estes quatro estados juntos respondem por aproximadamente 80% da produção avícola nacional. O programa de regionalização conta com uma série de medidas que permitem o isolamento do Estado atingido por doenças da lista A da Organização Internacional de Epizootias (OIE), como Influenza Aviária e Newcastle. Com isso, em caso de alguma ocorrência, apenas as exportações do Estado atingido são bloqueadas, garantindo que as demais unidades federativas brasileiras, isentas da doença, dêem continuidade às exportações de carne de frango.
Importância - Além do governo estadual, o projeto envolve o Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) e entidades representativas do setor como a Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef) e o Sindicato dos Abatedouros e Indústrias Avícolas do Paraná (Sindiavipar). O novo programa foi apresentado nesta quinta-feira, em Curitiba, a técnicos de empresas avícolas, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), em reunião do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa). A justificativa para a realização deste trabalho é que hoje, em caso do surgimento de uma dessas doenças em qualquer parte do território brasileiro, toda a exportação de frango de corte brasileiro estaria bloqueada, o que traria prejuízos em torno de R$ 9 bilhões.
Cadastramento de propriedades - As principais medidas previstas pelo programa buscam identificar a localização das aves e controlar o trânsito dos animais. Para isso, o projeto prevê o cadastramento das propriedades e plantéis avícolas existentes no estado, a definição de um corredor sanitário avícola rodoviário, fiscalização de trânsito estadual, identificação de laboratórios de diagnóstico para estas doenças. Também está prevista a organização de equipe de auditagem, nomeação de grupo de atendimento emergencial e a revisão do Fundepec, fundo destinado a indenizar a avicultura industrial por danos referentes a ocorrências de doenças da lista A. A primeira parte do programa já foi iniciada e prevê a identificação via aparelho de GPS e cadastramento de todas as propriedades rurais do Estado que tenham mais de 400 exemplares. Para isso, o Sindiavipar doou um aparelho de GPS e um computador para a Seab realizar o trabalho. (O Estado do Paraná)