Paraná: greve compromete abate de bovinos
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Cerca de 70% do abate de bovinos em 37 frigoríficos do Paraná ficou comprometido por conta da greve dos fiscais federais agropecuários, iniciada ontem. A estimativa é do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados (Sindicarnes), que conseguiu uma liminar junto à Vara Ambiental Federal de Curitiba para contratar médicos veterinários particulares em substituição aos servidores públicos que inspecionam os abates. A expectativa do economista do Sindicarnes, Gustavo Fanaya, é de que as atividades - já reduzidas em cerca de 40% por causa da suspeita de febre aftosa no Estado sejam normalizadas hoje. Segundo ele, em períodos normais são abatidas, diariamente, perto de 7 mil cabeças e os frigoríficos haviam reduzido para 4 mil animais/dia devido às dificuldades de comercialização. Diante da ameaça de greve, anunciada na semana passada, a escala de abates, ontem, caiu para perto de 3 mil cabeças e, mesmo assim, nem todas as empresas conseguiram cumprir o programado pela falta de médicos veterinários.
Perda de peso - Fanaya explicou que é desvantajoso para os frigoríficos manter animais nas baias das próprias empresas aguardando o abate, pois a perda de peso de um dia para outro é significativa. Os frigoríficos, segundo ele, não terão dificuldade em substituir os fiscais federais por veterinários contratados, pois todos já contam com esses profissionais em suas equipes. Em relação aos trabalhos de controle da aftosa, Fanaya afirmou que o Sindicarnes está tranqüilo, pois houve comprometimento por parte dos fiscais federais que atuam na área de zoonoses de não aderir à paralisação. Mas, a maior expectativa é mesmo com a divulgação dos resultados dos exames no material colhido dos animais que estão sob suspeita de aftosa, realizados pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro). (Folha de Londrina)