Paraná concentra 9 das 15 maiores cooperativas do País
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O Paraná é o grande destaque quando o tema é cooperativismo agropecuário. Das 15 maiores unidades do País, nove estão localizadas no estado. Juntas, as 68 cooperativas movimentaram R$ 14 bilhões em 2003, foram responsáveis por 17% das exportações do agronegócio no estado — marcas como Frimesa e Lar já fazem sucesso no exterior — e 53% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do Paraná. Além disso, distribuíram R$ 300 milhões em dividendos para os cooperados no fim do ano passado. Os dados são da direção da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Investimentos - Em três anos, as cooperativas do Paraná investiram R$ 1,1 bilhão em projetos de infra-estrutura e agroindustrialização. Esse ano, a cifra deve ser maior. O vice-presidente da OCB e diretor da área de agropecuária, Luiz Roberto Baggio, estima um crescimento em patamares iguais aos dos últimos quatro anos, na faixa de 33%. “O produtor que é cooperado no Paraná geralmente ganha um adicional de 20% na produção, nem tanto pelo preço final dos produtos, mas em transferência de tecnologia, produção em escala e aumento da produtividade”. Além disso, segundo o executivo, as cooperativas paranaenses apresentavam, na média, melhor situação financeira do que as do restante do País em 1999, época do Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop), feito pelo governo federal para ‘salvar’ o setor no Brasil, então em grave crise financeira.
Profissionalização
- “A recuperação foi mais rápida, assim como a profissionalização
da gestão, que vem sendo tratada como prioridade absoluta hoje em dia”.
Segundo o diretor, nos últimos anos, com o surgimento das cooperativas
de crédito, as agropecuárias viram-se livres de uma atribuição
espinhosa: financiamento, que causou a insolvência de várias delas.
Baggio acredita que o fortalecimento das cooperativas agropecuárias é
o primeiro passo para implantação de novas agroindústrias
no Brasil. “Elas funcionam como integradoras. Já temos exemplos,
como na cadeia avícola, de como frigoríficos e produtores podem
se unir para conseguir um produto final competitivo no mercado internacional.
Se tivéssemos mais dinheiro e capacidade de financiamento, a juros mais
baixos, poderíamos já ter uma indústria de ponta no País”.
(Fonte: Jornal DCI).