País terá de incorporar 1 bilhão de litros de etanol por ano
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A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse, durante o seminário "Proálcool
- 30 anos depois", promovido hoje pelo Grupo Estado, que o crescimento
dos veículos Flex Fuel nos dois últimos anos vai exigir que o
Brasil incorpore 1 bilhão de litros de álcool combustível
por ano para atender a demanda. Segundo a ministra, que abriu o evento, há
29 modelos de veículos Flex Fuel produzidos no País. A tecnologia
bicombustível ganha força no momento em que a indústria
de álcool brasileira se lança para conquistar o mercado externo
e estabilizar o mercado interno. "Com a tendência de alta dos preços
do petróleo, o álcool é fundamental para nós",
afirmou Dilma, lembrando que o Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar,
com 5,7 milhões de hectares e o maior consumidor mundial de etanol, com
12,8 milhões de metros cúbicos ao ano.
Aumento da demanda - A ministra informou que os investimentos
em produção e infra-estrutura elevarão a capacidade de
fabricação brasileira de etanol para 18 milhões de metros
cúbicos ao ano, com 313 destilarias, em 2010. "Haverá um
forte aumento das demandas interna e externa por álcool combustível,
por conta do Protocolo de Kyoto", afirmou. Dilma Rousseff informou que
a Petrobras vai investir US$ 315 milhões até 2010 em infra-estrutura
para etanol, sobretudo portuária. Só o porto de São Sebastião
(SP) terá capacidade de exportar 4,2 milhões de metros cúbicos
de etanol ao ano. Na avaliação da ministra, a implantação
de uma estrutura que permita o escoamento do álcool e a formação
de parcerias internacionais faz parte do processo de ‘comoditização’
do produto. A ministra acredita que o preço do álcool combustível
vai cair nos próximos anos, sobretudo por conta do aumento dos volumes
com maior escala e pela incorporação de novas tecnologias e investimentos
em infra-estrutura. A ministra ressaltou, que, na ponta oposta, o aumento dos
preços do Gás Natural Veicular (GNV) é "inexorável".
Na avaliação da ministra, o gás natural é escasso
e o Brasil não tem como elevar a oferta, que não seja por meio
da importação. Dilma acredita que o preço será revisto
para cima não por ação do governo, mas por regulação
do próprio mercado.