País pedirá à China nova regra para a soja
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O Brasil pedirá formalmente ao governo da China que reveja suas exigências fitossanitárias para a importação de soja. O mesmo pedido também será feito por outros dois grandes exportadores do grão - Argentina e Estados Unidos. Os três países querem que os chineses adotem regras que já são reconhecidas internacionalmente para evitar problemas como o enfrentado pelo Brasil há três meses, quando a China proibiu o desembarque de carregamentos de soja brasileira misturada com sementes tratadas com agroquímicos.
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que os três países concordaram em apresentar separadamente seus pedidos ao governo chinês. "No caso brasileiro, é porque nós temos um acordo fitossanitário com a China, mas o objetivo é o mesmo: a revisão das normas de importação de soja", explicou Rodrigues. O ministro disse, ainda, que está "muito preocupado" com o aumento dos custos de produção da próxima safra de soja, que começa a ser plantada em meados de outubro. O setor poderá enfrentar problemas de rentabilidade por causa da queda dos preços internacionais do grão e do esperado aumento da produção nos Estados Unidos. Antes de definir novas políticas governamentais de apoio ao setor, que é o maior exportador do país, Rodrigues disse que prefere "observar" o comportamento do mercado nos próximos meses.
Os preços em queda estão ajudando a travar a fase final de comercialização da safra 2003/04 e as vendas antecipadas da produção que será colhida no ciclo 2004/05, ainda em fase de planejamento e compra de insumos. No caso da próxima temporada, conforme analistas, as tentativas de alguns produtores de renegociar os termos dos contratos assinados antes do plantio da safra 2003/04, em função da posterior disparada das cotações do grão no mercado internacional, também colabora para dificultar a assinatura de novos contratos. O diálogo está truncado principalmente em Goiás.