Osmar Dias defende mais recursos e estrutura para fiscalização sanitária

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O senador Osmar Dias (PDT/PR) pretende apresentar um projeto de lei fixando regras claras para a vacinação dos rebanhos brasileiros, inclusive estabelecendo penalidades no repasse de recursos para os que não cumprirem as determinações e definindo uma estrutura adequada, inclusive financeira para que o Ministério da Agricultura possa ter condições para controlar as doenças que atacam os rebanhos bovinos suínos e ovinos. “Hoje, a negligência é total , não há estrutura nem recursos. Segundo Osmar, o projeto vai prever a obrigatoriedade de vacinação. “Nos Estados do Norte, por exemplo, apenas 15% do rebanho é vacinado”, analisa. Além disso, Osmar considera fundamental a integração com outros países, principalmente da América do Sul, para controle das doenças.

Embargo russo - Os reflexos da falta de investimento na fiscalização já estão gerando grandes prejuízos para os produtores. “A Rússia, maior comprador de carne suína do Paraná já suspendeu as importações e outros países podem adotar a mesma postura”, analisa. De janeiro a agosto, o Paraná exportou 52,3 mil toneladas de carnes bovinas e suínas para a Rússia. Para Osmar, governo petista pode gerar um grande prejuízo para os produtores, caso não modifique a dotação orçamentária para a fiscalização sanitária. "O governo não está colocando recursos suficientes no orçamento para barrar o ingresso de doenças que podem afetar o mercado de carnes do Brasil e afastar importantes compradores dos produtos nacionais", esclarece o senador.

Barreiras - Atualmente, as barreiras sanitárias são utilizadas pelos países importadores como uma barreira comercial. “Se não tivermos tudo organizado e uma fiscalização rígida, podemos perder mercados importantes para o Brasil. O país conquistou mercados em função de problemas sanitários ocorridos em outras nações. E isso pode acontecer conosco. Além de enfrentarmos a questão dos subsídios dados por outros países também não estamos olhando com a devida atenção para a situação da vigilância sanitária. Tenho ponderado que as conseqüências disso seriam gravíssimas. Afetaria até mesmo a balança comercial. Além de prejuízo financeiro, perdemos a credibilidade, que é nossa melhor e mais importante moeda no mercado internacional. Não podemos concordar que se coloque apenas R$ 68 milhões para a realização de todo o trabalho de sanidade no país inteiro, frisou Osmar Dias”.

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