ORGÂNICOS GANHAM ESPAÇO NAS GRANDES REDES
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Pode-se dizer que o ano de 1999 foi um divisor de águas no mercado brasileiro de alimentos orgânicos. Com a criação da instrução normativa 007 do Ministério da Agricultura, foram dadas as condições objetivas para que cerca de 20 entidades certificadoras em todo o país separassem o joio do trigo, homologando e fiscalizando a produção de alimentos orgânicos e sua comercialização. Numa seara onde o consumidor não tem como diferenciar, digamos, uma alface orgânica, de outra, cultivada com agrotóxicos, a chancela de uma instância fiscalizadora foi um instrumento chave para que todo um mercado se desenvolvesse. Se antes a venda de orgânicos se restringia a poucos produtores ligados a ONGs em pequenas butiques de comida natural, de lá para cá, a venda de alimentos cultivados sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos sintéticos vem conquistando, palmo a palmo, o espaço das prateleiras de grandes redes de supermercados paulistas. Boa parte das lojas de cadeias como Pão de Açúcar, Carrefour, Sé e Big rendeu-se aos selos das entidades certificadoras, as quais formataram uma verdadeira cadeia de distribuição, onde se destacam empresas atacadistas especializadas como Horta & Arte, Fazenda Santo Onofre e Sítio São Francisco.