Opinião: A força dos Conselhos Fiscais nas cooperativas
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Por Ronaldo Scucato (*)
Há uma forte tendência, no moderno cooperativismo brasileiro, para a adoção do sistema de autogestão, que se traduz por gestão empresarial, de negócios, competente e com foco no mercado. Autogestão é via de sucesso para a cooperativa e de lucro para os associados.
Os conselheiros fiscais desempenham papel muito importante nesse processo, porque
acompanham a área financeira e contábil das cooperativas. Por
isso, dedicamos atenção especial a esses conselheiros na caminhada
rumo ao fortalecimento do cooperativismo em todos os ramos. O Sistema cooperativista
oportuniza meios de capacitação e treinamento para eles, esclarecendo
que sua missão vai além de elaborar pareceres no final do exercício.
Eles são a força maior da cooperativa. Acima do poder do Conselho
Fiscal, só a Assembléia, esta sim, soberana. Todos os conselheiros
precisam ter consciência disso e, vale repetir, se convencerem de que
Ihes cabe mais do que fiscalizar profissionalmente sua área de atuação.
Em seu dia-a-dia, devem acompanhar as ações e a trajetória
da cooperativa.
Ainda existem conselheiros fiscais despreparados, mas esta generalização
não nos consola. Capacitar essas pessoas para uma atuação
profissional, dentro dos novos paradigmas que regem o mundo, é desafio
importante e urgente para o cooperativismo brasileiro, pois o Conselho Fiscal
é de fundamental importância para evitar a liquidação
das cooperativas, que traz prejuízos e desilusão para os cooperados.
Felizmente, há Conselhos Fiscais que atuam exemplarmente, movidos por
conselheiros que deveriam - quem nos dera - ser a regra e não a exceção.
Em busca desse ideal, o Sescoop treina centenas de conselheiros fiscais durante
todo o ano. O foco dos programas é a importância da presença
deles na vida das cooperativas. Essa proposta vale para todos nós, dirigentes,
conselheiros das diferentes áreas e associados. O envolvimento completo
com as nossas funções e atividades é condição
indispensável para a consolidação do cooperativismo nos
moldes que a sociedade requer. Um cooperativismo que seja instrumento eficaz
para a promoção do desenvolvimento econômico e social.
(*)
Presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado
de Minas Gerais - OCEMG