Ocepar sai em defesa de Roberto Rodrigues
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Diante das notícias veiculadas na imprensa nesta quinta-feira (18), de que o governador do Paraná, Roberto Requião, durante entrevista no último sábado, ao jornal argentino El Clarin, afirmou que o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues "é pago para defender os interesses da Monsanto, multinacional norte-americana que possui o monopólio da soja geneticamente modificada no Brasil", o presidente da Ocepar - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, João Paulo Koslovski saiu em defesa do ministro.
Para Koslovski, a afirmação feita contra Roberto Rodrigues é extremamente injusta. Em nota divulgada hoje (18), o líder cooperativista afirma "conhecer o ministro Roberto Rodrigues há muitos anos e sabe da sua conduta como cidadão brasileiro. Roberto Rodrigues é pessoa sensível, tem uma identidade muito forte com as questões sociais do País do mundo. Tem no sangue, o DNA da solidariedade e da compreensão humana", lembra.
Na nota, o presidente da Ocepar ressalta que "Roberto Rodrigues é uma pessoa preocupada com a situação de miséria que vive a humanidade e jamais iria trair seus princípios éticos, os quais foram adquiridos no seio familiar. Homem ligado ao setor do agronegócio, especialmente ao sistema cooperativista, onde desfruta de uma liderança jamais vista, Rodrigues foi a primeira pessoa fora do continente europeu a exercer a presidência da maior ONG do mundo, a ACI - Aliança Cooperativa Internacional, que tem sua sede em Genebra na Suíça e conta com uma legião de mais de 800 milhões de pessoas filiadas", destaca.
Segundo João Paulo, durante o período em que Roberto Rodrigues presidiu a ACI, teve a oportunidade de conhecer mais de 80 países, onde adquiriu conhecimento suficiente para ocupar a pasta que lhe foi designada pelo Presidente Lula, onde realiza um importante trabalho para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, que hoje representa 41,3% do PIB nacional e 42% do total das exportações brasileiras em 2003.
Roberto Rodrigues tem trabalhado arduamente no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para que o setor do agronegócio continue tendo a pujança necessária para fazer do Brasil a potência agrícola que tanto almejamos e necessitamos. Desta forma, em nome da Ocepar, entendemos como injustas as afirmações feitas a respeito do ministro Roberto Rodrigues e reafirmarmos nosso apoio a sua conduta e desempenho junto ao governo Lula", finaliza a nota distribuída pela Ocepar.
Mapa - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, solicitou nesta quarta-feira (17/03) à Advocacia-Geral da União (AGU) que adote as providências cabíveis para que o governador do Paraná, Roberto Requião, esclareça o conteúdo das declarações feitas por ele em entrevista ao jornal argentino Clarin, no último sábado. Na entrevista, o governador acusou o ministro de ser "representante das multinacionais" e de ser "pago pela Monsanto". No pedido encaminhado ao Ministro-Chefe da AGU, Álvaro Augusto Ribeiro Costa, o ministro justifica sua decisão em função dos danos materiais e morais contidos nas declarações do governador ao jornal argentino.
Osmar Dias - O senador Osmar Dias (PDT-PR) cobrou o exame, pelo Senado, da regulamentação da Lei de Biossegurança. Ele disse que, enquanto a safra começa ser colhida, a matéria sequer tem relator na Casa. Osmar também falou de matéria publicada no Correio Braziliense intitulada "Mais um Gol Contra". O texto diz que o Governador do Paraná, Roberto Requião, teria declarado ao Jornal Clarin da Argentina, que o Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, é pago pela Monsanto, empresa produtora de sementes geneticamente modificadas. Osmar defendeu o ministro e cobrou do governo uma resposta para a acusação. Dizendo conhecer Rodrigues há 30 anos, Osmar Dias garantiu que a acusação é injusta. Ele lembrou que o ministro é agricultor e técnico agrícola com reconhecimento internacional, além de desempenhar há muito tempo papel de relevo no setor das cooperativas, tendo exercido os cargos de presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da entidade Mundial das Cooperativas. "Estranho que ninguém do governo tenha defendido o ministro dessa acusação, que é grave por ter partido de um governador de estado. Ou o governador não fez de fato a acusação, se foi feita, o governo tem a obrigação de defender Roberto Rodrigues", disse o senador paranaense. O senador também disse não concordar com os termos do projeto de lei de biossegurança aprovado na Câmara dos Deputados, e que está no Senado Federal aguardando relator. Para Osmar Dias, o poder de liberar um produto transgênico deve ser da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBIO), que atua em nível técnico-científico, e não de um conselho de quinze ministros, um colegiado que teria um papel político.
OCB - O presidente
da OCB, Márcio Lopes de Freitas, repudiou hoje as declarações
do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que em entrevista
ao jornal argentino El Clarín, atacou o ministro da Agricultura, Roberto
Rodrigues. Na entrevista, publicada no último sábado, Requião
disse que o ministro é pago para defender os interesses da Monsanto,
multinacional que detém o monopólio da soja transgênica
no Brasil. "Em nome das cooperativas brasileiras repudiamos com veemência
a postura do governador Roberto Requião, que de maneira grosseira e injusta
fez acusações sérias contra o ministro Roberto Rodrigues",
disse Freitas. Hoje a Advocacia Geral da União (AGU) encaminhou pedido
de retratação pública ao governador Roberto Requião.
Caso o pedido não seja atendido, o ministro Roberto Rodrigues moverá
ação por danos morais contra o governador paranaense.