Ocepar recebe diretor da universidade de Wageninger, da Holanda
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Ocepar recebeu, nesta quarta-feira, o conselheiro da diretoria da Universidade de Wageningen (Holanda) Peter Zuurbier, que busca a realização de parcerias com instituições cooperativistas brasileiras no desenvolvimento de projetos de seqüestro de carbono. O executivo foi recebido pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski e pelo vice-presidente da OCB, Luiz Roberto Baggio – também diretor da Oceopar. Durante duas horas conversou com a equipe da Ocepar, composta também pelo superintendente José Roberto Ricken, pelo gerente Técnico Econômico Flávio Turra e o pelo técnico Gustavo Sbrissia. A reunião foi acompanhada também pelo presidente da Cooperativa Agropecuária Batavo, Franke Dijkstra, pelo gerente da divisão de pecuária, Jan Ubel van der Vinne, e pelo diretor da Fundação ABC, Eltje Loman Filho.
Parcerias na área ambiental – Representante da Universidade de Wageningen, Perter Zuurbier vem ao Brasil freqüentemente, pois a universidade mantém parcerias com o Ministério da Agriculturta, com a Embrapa, com universidades e outras instituições de pesquisa. Ele já esteve na OCB, onde foi recebido pelo presidente Márcio Lopes de Freitas e pelo vice-presidente Luiz Roberto Baggio, onde foi aventada a Possibilidade de realização de parcerias. Um dos projetos de maior interesse entre a universidade e o agronegócio brasileiro é o desenvolvimento de projetos voltados ao seqüestro de carbono na área de produção de carnes, envolvendo especialmente suinocultura, bovinocultura e avicultura. Peter afirmou que o mundo está adotando um novo conceito quanto à qualidade de alimentos, o que exige dos produtores a adequação dos seus sistemas produtivos.
Menor produção de carne – O executivo da Universidade de Wageningen disse ainda que há uma tendência de redução gradativa da produção de carnes na Europa em função de duas situações principais: primeiro porque há uma pressão da sociedade em função da dificuldade de controle da poluição ambiental; segundo porque o custo de produção não é competitivo com outros paises em desenvolvimento. Citou, por exemplo, que enquanto um quilo de alcatra custa cerca de 5 euros no Brasil, chega a 35 euros na Europa. Com a tendência de redução da produção de carnes na Europa, tudo indica que o Brasil ganhará fatia desse mercado, obrigando os produtores a se adequarem para produzirem carnes sem afetar o meio ambiente, o que é uma atitude coerente com a tendência mundial para produção de alimentos de acordo com a nova tendência de qualidade.
Novos encontros – Ao encerrar a reunião, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, agradeceu pela visita afirmando que novas conversas devem ocorrer entre dirigentes das cooperativas paranaenses e representantes da universidade holandesa. O presidente da Batavo, Franke Dijkstra, lembrou que a Fundação ABC já realizou parcerias com a universidade, especialmente na área de plantio direto, e que muitos filhos de associados das cooperativas do grupo ABC (Arapoti, Batavo e Castrolanda) tiveram a oportunidade de aperfeiçoar seus estudos na Universidade de Wageningen. A realização de intercâmbio universitário é uma das possibilidades de realização de parcerias. Luiz Roberto Baggio e Franke Dijkstra lembraram que há um leque muito grande de possibilidade de convênios de cooperação entre instituições brasileiras e a universidade.