Ocepar faz consulta sobre adesão ao Fome Zero no PR

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
As cerca de 200 cooperativas paranaenses receberam ontem uma correspondência da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) sobre a possibilidade de engajamento na campanha de doação ao Programa Fome Zero. O levantamento foi pedido pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), responsável pelo desenvolvimento do projeto. O superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, explica que a expectativa de adesão é grande. "A receptividade no sistema nacional é excelente e aqui não será diferente. Cada cooperativa vai fazer o que está a seu alcance", diz. De acordo com ele, o essencial é que neste momento o sistema dê uma manifestação clara de que o programa é importante. "No balanço social do setor ficou comprovado que 11% do lucro das cooperativas reverte em benefícios para a comunidade. Esse compromisso com a comunidade o cooperativismo já tem." As cooperativas do Paraná movimentam em torno de R$ 10 bilhões anualmente o que representa 90% realizados pelo setor agropecuário. São responsáveis também por metade do que se produz no estado.

Paranaense na coordenação - Hoje (08/01) a OCB realiza uma reunião interna para o planejamento do projeto que terá o paranaense Luís Roberto Baggio na coordenação dos trabalhos. Baggio é vice-presidente da Ocepar e coordenador do ramo agropecuário da OCB. Ele faz parte da Cooperativa Bom Jesus, na Lapa. Ainda não estão definidas regras e a logística para a arrecadação e a distribuição dos alimentos a serem doados. No total, o sistema OCB tem 1.600 cooperativas agrícolas conveniadas em todo o país. Em cada estado as organizações locais realizam a consulta para saber quantas vão contribuir com o Fome Zero. A organização nacional tem uma primeira meta de enviar entre 10 e 15 caminhões com alimentos para a Caravana da Fome organizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que inicia viagem a partir de sexta-feira.

Disque-fome - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou três números de discagem direta gratuita para receber ligações de entidades e pessoas interessadas em apresentar sugestões ao programa Fome Zero: 0800-61-1995, 0800-61-4115 e 0800-61-2777. O apelo do ministro Roberto Rodrigues é para que toda a sociedade se envolva na luta contra a fome. "Esperamos receber propostas e idéias de ações que possam ser encaminhadas ao programa", disse o ministro. Apesar de ainda não haver um formato nacional definitivo, no Piauí, onde terá seu projeto piloto lançado na cidade de Guaribas, o Fome Zero destinará R$ 50 por mês prioritariamente às famílias pobres que não recebem outro benefício federal. O dinheiro só poderá ser gasto em alimentos, alternativa já bastante criticada.

Monitores - Haverá profissionais, os "monitores de famílias", com a missão de orientar as pessoas sobre que produtos comprar para melhorar a qualidade da alimentação. Os monitores também vão se encarregar de receber, mensalmente, a prestação de contas dos beneficiados, que deverão apresentar notas fiscais e recibos para comprovar que gastaram o dinheiro do programa em alimentos. Também existe indicação para que as compras sejam feitas no comércio da região, já que o Fome Zero pretende promover o desenvolvimento econômico regional sustentável. (Fonte: Gazeta do Povo – 08/01/2002)

Paraná - O superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, disse estar satisfeito com o retorno das cooperativas do Paraná, que já estão respondendo a correspondência e confirmando participação no projeto. Levando em conta que se trata de uma ação voluntária, a adesão, segundo Ricken, está muito boa. Algumas cooperativas estão, inclusive, definindo produtos e volumes que estão dispostos a doar. O dirigente da Ocepar aposta na grande participação do Paraná, lembrando que o trabalho social faz parte da essência das cooperativas.

Conteúdos Relacionados