Ocepar entrega sugestões à política ambiental do Paraná
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Sugestões - Toda a pauta apresentada pelas cooperativas visa compatibilizar a preservação ambiental - tão importante do ponto de vista da qualidade de vida - com a necessidade de produção, de forma a garantir a viabilidade econômica das propriedades rurais do Estado. A adoção de ações educativas e de orientação também foi citada como fator fundamental para o fortalecimento de qualquer ação na área ambiental. Ainda fazem parte do documento elaborado pela Ocepar propostas como a criação de um programa de produção de mudas florestais para dar suporte ao plantio nas áreas de matas ciliares degradadas; apoio ao plano do governo do Estado para o plantio de mudas florestais nas áreas de matas ciliares; a criação de um programa para regularização dos locais de criação de animais, visando atender dispositivos do novo Código de Saúde do Paraná, com a implantação de sistemas de tratamento e destinação de dejetos; e o resgate das diretrizes para o Plano de Recuperação das Áreas de Reserva Florestal Legal, aprovadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Instituto Ambiental do Paraná, em 1998, onde se prevê a possibilidade de formação de reserva legal coletiva pública ou privada.
Bom senso - Os presidentes de cooperativas que estavam presentes à reunião fizeram uma série de colocações, expondo ao secretário algumas situações vividas hoje e que estão prejudicando a atividade produtiva na zona rural. Entre elas está a rigidez em alguns procedimentos, em questões que podem ser resolvidas ou corrigidas com um pouco mais de bom senso, obedecendo a legislação, mas sem impor muitas limitações à produção. Entre outras questões abordadas, estão os problemas enfrentados com a destinação de embalagens de agrotóxicos e relativos ao pó originário do processamento de grãos.
Secretário - Cheida disse ter ficado muito satisfeito ao saber que em muitos casos a preocupação das cooperativas em relação ao meio ambiente são as mesmas que as suas. Afirmou, também, que “pela sua ideologia, o sistema cooperativista precisa ser respeitado por quem faz política séria”. Com relação à iniciativa da Ocepar em chamá-lo para discutir ações ambientais para o Estado, o secretário explicou que essa interlocução é necessária tanto para o governo quanto para o setor produtivo. Segundo Cheida, três pontos devem nortear a política ambiental desse governo. O primeiro é o esforço no sentido de se compatibilizar as ações, de forma que o Estado possa crescer sem destruir; o segundo é adotar medidas de consenso, que contemplem preservação e produção; por último, a inserção do setor produtivo, entre eles as cooperativas, nas discussões sobre o setor ambiental.
Embalagens de agrotóxicos – A destinação de embalagens de agrotóxicos foi um dos assuntos mais polêmicos abordados com o secretário de Meio Ambiente. Os problemas, conforme relataram os presidentes de cooperativas, são inúmeros, começando pela dificuldade na autorização pelo IAP, até a conscientização do produtor. Nesse sentido, Cheida se comprometeu em reativar um grupo de trabalho montado para discutir o tema, e que funcionou até o ano passado. Fazem parte dessa equipe representantes da Ocepar, Faep, Emater, Seab, IAP, Sema, Saúde e Suderhsa.