Ocepar atualiza estudo do impacto do pedágio com as novas tarifas
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Levantamento feito pela gerência técnica econômica do Sistema Ocepar, que mensura o impacto do aumento das tarifas do pedágio nos valores do frete no transporte de grãos, insumos e produtos industrializados, estima que, após aplicado o aumento médio de 15,34%, um caminhão que sair de Maringá com destino a Paranaguá irá deixar R$ 244,80 nas praças de pedágio. Esse valor pode ser ainda maior caso sejam aplicados, além dos 15,34%, reajustes extras autorizados pelo governo anterior, conhecidos como "degraus".
No trajeto Maringá – Paranaguá, o caminhoneiro passará por 14 praças de pedágio, pertencentes a três concessionárias que irão reajustar as tarifas: Viapar, Rodonorte e Ecovia. Caso o caminhoneiro volte ao interior com frete de retorno, ou seja, com carga, ele terá gasto, ao final da viagem, R$ 306,00. Mas, considerando apenas o custo ajustado (R$ 244,80), serão necessárias 16,32 sacas de milho ou 6,14 sacas de soja para pagar a conta. O custo ajustado considera o fato de 60% dos caminhões voltarem vazios, com um dos eixos levantado.
"Se levarmos em conta que o preço das sacas de milho e soja são praticamente os mesmos do ano passado, o impacto é muito grande. Enquanto a saca de milho ainda vale aproximadamente R$ 15 e a de soja R$ 40, o pedágio terá um reajuste médio de 15,34%", analisou Robson Mafioletti, analista da gerência técnica e econômica da Ocepar. Mafioletti também calculou o impacto médio que ocorrerá numa viagem de Ponta Grossa a Paranaguá.
Ao todo, são três praças de pedágio nesse percurso, localizadas em Witmarsum, Balsa Nova/Purunã e São José dos Pinhais. As duas primeiras, pertencentes a Rodonorte, terão um reajuste médio de 15,34%. No entanto, a praça de São José dos Pinhais, pertence a Ecovia, poderá aplicar além do reajuste, o degrau, elevando o aumento para cerca de 30%. Sem considerar a aplicação do degrau e trabalhando com o custo ajustado, apenas com tarifas de pedágio serão gastos R$ 148,00. O valor equivale a 9,86 sacas de milho e 3,70 sacas de soja.
Segundo a Ocepar,
das 12,54 milhões de toneladas de milho e soja exportadas pelo Porto
de Paranaguá em 2003, 68% foram transportadas por caminhão. Assim,
8,53 milhões de toneladas de grãos foram transportadas por 316.000
caminhões de cinco eixos. Considerando que a estimativa de demanda por
frete de retorno é de 40%, 126.400 caminhões voltaram para o interior
com frete de retorno e 189.600 voltaram vazios, com um eixo levantado. Com base
nesses dados, a Organização calcula que foram gastos R$ 62,01
milhões para o transporte da safra no último ano. O estudo completo
está disponível no site da Ocepar (www.ocepar.org.br).