OCB rejeita sistema de royalties
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A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) rejeitou, ontem (24/08), o sistema híbrido de pagamento de royalties sobre a soja transgênica (na semente e no grão) que a Monsanto impôs aos produtores do grão. A OCB recomendou às cooperativas que paguem royalties somente na semente e as orientou para que não assinem contratos com a multinacional que detém a patente das sementes. São filiadas à OCB 1,4 mil cooperativas agropecuárias, responsáveis por quase 30% da produção brasileira de soja, que totalizou 50,2 milhões de toneladas na safra 2004/2005 e previsão de 60 milhões para esta safra.
Cobrança
híbrida - Após a sanção da Lei de Biossegurança,
a Monsanto estabeleceu critérios e valores para cobrança de royalties
sobre a soja OGM, sem ouvir o setor cooperativista que estava ao seu lado durante
toda a polêmica discussão da legalização do cultivo.
“A OCB foi parceira desse processo e atuou junto ao Executivo e ao Legislativo
para aprovação do cultivo e comercialização das
sementes transgênicas”, disse o presidente da entidade, Márcio
Lopes de Freitas. Ele disse que a multinacional estabeleceu seus critérios,
definindo-se pela cobrança híbrida dos royalties sobre a semente
e o grão, “impondo aos produtores, cooperativas, cerealistas, produtores
de sementes e tradings contratos com obrigações excessivas para
uma das partes, a contratada”.
Decisão após ouvir as bases - A OCB está adotando
sua posição contrária ao sistema misto de cobrança
de royaties da Monsanto, referendada pelo Conselho Especializado do Ramo Agropecuário,
reunido ontem (24/08) em Brasília para discutir a questão. O sistema
cooperativista paranaense foi representado nessa reunião pelo superintendente
adjunto da Ocepar, Nelson Costa.