O TERRORISMO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Durante reunião realizada na Ocepar na tarde de ontem para discutir assuntos relacionados com o IBPQ ?PR, os dirigentes das associações de classe foram unânimes em rechaçar os atos terroristas impetrados contra os Estados Unidos na semana passada. Aproveitamos para colher, entre alguns dos dirigentes, sua opinião sobre o ataque terrorista e prováveis conseqüências para a e economia brasileira. Veja, nesta edição, a opinião do presidente da Fiep, José Carlos Gomes de Carvalho.

José Carlos Gomes de Carvalho ? ?É abominável, sob todos os títulos, qualquer ato de terrorismo. Nós somos frontalmente contra qualquer solução pela força, ainda mais quando se ceifa a vida de inocentes?. É evidente que para o Brasil e para o Paraná, além das perdas que são irreparáveis, do ponto de vista econômico é muito ruim, porque o Brasil vem sustentando o pagamento de dívidas externas diferentemente do que era feito na época delfiniana, quando nós pagávamos a nossa dívida com novos empréstimos. Hoje o perfil da dívida é outro porque o governo alongou o perfil num primeiro momento, com a implantação do Plano Real. Foi possível fazer captação de recursos de forma diferente, não com um grau de endividamento, mas com capital de risco, que são esses investimentos que chegaram ao Brasil todo e no Paraná. Isto aumentou ano a ano após o Plano Real e o melhor ano foi o ano passado, quando o PIB cresceu 4,5%, mas ao mesmo tempo nós trouxemos US$ 32 bilhões em novos investimentos e o Brasil tinha uma dívida líquida de US$ 28 bilhões, portanto nós captamos acima da necessidade. Isso propiciou que muitos setores da economia, como é o caso da agricultura e das cooperativas, tivessem recursos tão importantes na hora aprazada. Ora, com uma crise desse tamanho, é evidente que o congresso nacional americano ao dotar para o executivo da América do Norte US$ 40 bilhões quando Bush havia pedido US$ 20, significa que nós estamos já num processo de recessão. Não só dos EUA mas também da Comunidade Européia e Japão, passando por sérias dificuldades, refletindo também no Brasil. Então é impossível dizer que estamos fora da crise. Evidente que os investidores vão continuar olhando o Brasil e a China como países onde se pode investir, mas não na velocidade como ocorria com grande sucesso nos anos anteriores, e com brilhantismo no ano passado.

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