Novo governo estimula setor avícola do Paraná
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Exportações - O comércio externo também deve crescer, segundo o presidente da Avipar. O motivo é a disponibilidade de financiamentos externos e o maior número de estabelecimentos habilitados para exportar. Hoje o Paraná possui cerca destes 15 estabelecimentos. O Paraná, até outubro, era o maior exportador de carne de frango. Perdeu nos dois últimos meses do ano para Santa Catarina por causa de problemas tarifários. Neste período, a tarifa de entrada na Europa para o peito do frango saltou de 15% para 75%. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior dão conta de que no acumulado de janeiro a novembro, as exportações do Paraná – pedaços e miudezas de frango – cresceram 34% em quilos líquidos e 24% em receita. No entanto, as exportações de carnes em pedaços e preparações alimentícias de frango (carne industrializada), registraram queda. Segundo o presidente da Avipar, isso é considerado normal porque o mercado às vezes migra de um produto para outro. Em dois anos, ele acredita que as carnes industrializadas ocuparão o espaço ocupado hoje pelas carnes in natura.
Cooperativas – As cooperativas tiveram papel importante no bom resultado do setor avícola. De acordo com o engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, são quatro as cooperativas paranaenses que atuam nesta área: Copacol, Coopavel, Lar (antiga Cotrefal) e C.Vale (antiga Coopervale). "Elas formam um verdadeiro pólo na Região Oeste do estado", explica. Turra cita como diferenciais das cooperativas um parque relativamente novo e recentes ampliações, o que resultou em maior competitividade no mercado externo.
Evolução - Para este ano, Turra acredita que a evolução do setor siga praticamente o mesmo ritmo do ano passado. "Há uma perspectiva de melhoria de renda, o que pode aumentar o consumo no mercado interno", avalia. Apostando em um ritmo crescente, a Coopagril pretende colocar em funcionamento no fim de 2004 um abatedouro com capacidade para abater 80 mil aves por dia – na primeira etapa. Segundo o diretor presidente da cooperativa, Ricardo Chapla, as obras de terraplenagem já começaram em uma área de Marechal Cândido Rondon. O investimento nesta primeira fase será de R$ 24 milhões. Ainda nesta etapa inicial, a Coopagril vai abater e cortar os frangos. Na segunda fase, há um projeto de entregar a carne industrializada. Os objetivos do abatedouro são o mercado externo e interno. Os países visados são os da Europa. A Coopagril possui hoje 3,5 mil associados e trabalha nos setores de cereais, pecuária de leite e suínos. (Fonte: Gazeta do Povo)