Novas empresas proibidas de venderem soja brasileira à China
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A decisão do governo chinês em proibir mais duas tradings que operam no Brasil de venderem soja brasileira em seu território demonstra a preocupação com a qualidade do produto. Segundo o jornal Valor, a China proibiu temporariamente a Louis Dreyfus Asia Pte Ltd e a ADM do Brasil Ltda de vender qualquer soja brasileira ao país, sob a alegação de contaminação de carga de soja com sementes com vestígios de fungicida. Este mês, o governo chinês já proibiu, também temporariamente, Cargill Agrícola, Bianchini S/A, Irmãos Trevisan e Noble Grain de exportar soja brasileira para o mercado chinês. Segundo o relatório do órgão, as cargas embarcadas antes da última proibição poderão entrar na China desde que sejam consideradas seguras após procedimentos de inspeção padrão e de quarentena. Ainda conforme o relatório citado, a Louis Dreyfus exportou a carga que chegou à província de Guangdong, e os fornecedores da soja foram ADM do Brasil Ltda, Cargill Agricola S/A e Bianchini S/A. (Fonte: Jornal Valor Econômico).
Mais rigor no RS - As cooperativas agrícolas do Rio Grande do Sul decidiram interromper o envio de soja para o porto de Rio Grande, devido à falta de capacidade de armazenamento no local, informou a entidade que reúne as cooperativas. O aumento da fiscalização pelo Ministério da Agricultura no porto de onde partiram navios com soja misturada a agroquímicos provocou lentidão nos embarques e esgotou a capacidade dos silos no porto, que estão lotados com 1 milhão de toneladas de grãos. "Desde sexta-feira as cooperativas deixaram de enviar soja ao porto", afirmou Rui Polidoro Pinto, presidente da Fecoagro, entidade que congrega as cooperativas gaúchas. "Para evitar que a soja fique nos caminhões ou nos vagões dos trens aguardando espaço nos silos, decidimos parar de enviar". Segundo Polidoro, tradings estão desviando navios do porto de Rio Grande para evitar eventuais atrasos que podem ser causados pela fiscalização mais rígida do ministério. A assessoria de Comunicação do porto de Rio Grande confirmou a informação, dizendo que nenhum navio está no local carregando soja no momento, apesar da ampla disponibilidade do produto nos silos. (Fonte: Gazeta Mercantil).
Medidas
preventivas – Enquanto surgem acusações de que
a proibição da entra de soja brasileira através de algumas
tradings é uma artimanha com objetivo de reduzir o preço do produto,
o ministro Roberto Rodrigues se reuniu ontem com o ministro chinês da
quarentena, Li Changjiang, para explicar o incidente e relatar quais as medidas
que estão sendo tomadas pelo governo brasileiro. O ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, também
participou da reunião. Segundo Rodrigues, o encontro foi satisfatório
e as autoridades chinesas entenderam que o governo brasileiro está tomando
as medidas necessárias para coibir a entrada de soja contaminada. Entretanto,
técnicos do Ministério da Agricultura vão permanecer em
Pequim nesta semana para continuar tratando do caso. Ao lado do minério
de ferro, a soja é um dos principais produtos brasileiros de exportação
para a China. No ano passado, o Brasil vendeu US$ 1,6 bilhão em produtos
do complexo soja para a China. A expectativa para este ano, pelo menos por enquanto,
é que as vendas atinjam US$ 2 bilhões.