NOVA INDÚSTRIA: Cooperativas querem participar do Programa de Reindustrialização do Governo Federal
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O deputado federal licenciado e secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros, e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, tiveram audiência nessa quarta-feira (27/12), em Brasília, com o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o secretário de Desenvolvimento Industrial do ministério, Uallace Lima. Eles levaram o pedido do setor cooperativista para participar do Programa da Nova Industrialização do Brasil, que deve ser lançado em meados de janeiro pelo governo federal.
Política Industrial - Trata-se da nova política industrial brasileira que, de acordo com o anúncio do governo, tem o objetivo de gerar mais e melhores empregos, mais qualificação e maiores salários. Barros e Freitas defenderam, junto ao ministro, a participação das cooperativas por entenderem que elas podem contribuir com os objetivos do programa, que tem sinergia com as atividades do setor cooperativista, como melhoria da eficiência e modernização dos processos de produção para aumentar a produtividade e gerar empregos e renda, com maior remuneração, reinvestindo na atividade produtiva.
Oportunidade - “A audiência foi muito boa. O vice-presidente gosta muito do modelo de negócio do cooperativismo. Disse que vai incluir, sim, as cooperativas no programa”, declarou Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB. Segundo Freitas, é muito importante para o cooperativismo poder contar com uma linha de crédito para investimentos, independente do plano safra. “É uma grande oportunidade pra melhorarmos nossas indústrias e agregar mais valor”, frisou.
Cooperativas -“As cooperativas são tratadas como agricultura e não como indústria [embora muitas delas tenham unidades agroindustriais]”, disse Ricardo Barros, explicando o motivo de o setor não ter sido incluído no programa. “Pedimos a inclusão das cooperativas para que elas sejam contempladas”, informou o secretário. Segundo ele, a inclusão beneficia cooperativas de todo o Brasil, que com suas indústrias transformam a matéria-prima, agregando valor à produção. Só no Paraná, de acordo com dados da Ocepar, as 62 cooperativas do ramo agropecuário industrializam 48% da produção em 142 unidades industriais. “O pedido foi entregue e uma nova audiência será realizada em janeiro para debater o assunto com mais detalhes. Estamos com a expectativa de que podemos conseguir o reenquadramento das cooperativas”, declarou Barros.
Dotações reduzidas - De acordo com o documento entregue por Ricardo Barros e Márcio Freitas ao ministro Alckmin, “as ações do governo federal tem sido fundamentais para as cooperativas, com programas de financiamento à produção, como o crédito rural, financiamentos para construção de armazéns e agroindústrias. Porém, esses programas vêm tendo suas dotações reduzidas e elevação dos juros”.
Cooperados - O documento pede a inclusão das cooperativas no Programa de Reindustrialização para viabilização de investimentos nas seguintes áreas: financiamento para construção ou ampliação de indústrias para agregação de valor aos produtos dos cooperados, desenvolvimento de pesquisa e inovação; e construção de armazéns de forma isolada ou agregada à indústria.
Desenvolvimento - No pedido, a OCB, como liderança do cooperativismo nacional, destaca que “a inclusão ao programa possibilitará as cooperativas acelerarem seus processos de desenvolvimento, com vistas a atender maior número de agricultores e ampliarem suas presenças nos mercados de consumo e de exportação. Contribuindo também com as ações do governo nas áreas socioambientais; com a redução do desmatamento; recuperação de regiões que apresentam degradação não somente no solo, mas também na qualidade de vida das pessoas; e no desenvolvimento da indústria verde e descarbonizada e na geração de energia limpa”.
FOTO: Reprodução das redes sociais do secretário Ricardo Barros
Clique aqui e confira o documento entregue ao ministro Gerando Alckmin