NOVA BARREIRA DA UE RESTRINGE EXPORTAÇÃO DE FRANGO
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A alteração da descrição dos chamados cortes salgados de frango, aumentando o teor de sal na carne é, na visão dos exportadores brasileiros, a forma encontrada pela União Européia para estancar as vendas do Brasil e da Tailândia para países da Europa. Os exportadores brasileiros estão vendo a medida como um verdadeiro golpe nas exportações brasileiras de frango para o bloco, que somaram US$ 410 milhões no ano passado. A medida, considerada técnica, funciona como uma autêntica barreira comercial, e está causando grandes preocupações entre os exportadores brasileiros.
Como funciona ? A nova descrição do comitê comercial determina que o percentual de sal nos cortes de frango seja aumentado dos atuais 1,2 % a 1,5% para mais de 1,9%. Esse percentual impede que a carne, antes processada para o setor alimentício, venha a ser utilizada para esse mesmo fim. Ocorre que os importadores europeus pagam uma tarifa de apenas 15,4 % para a carne salgada, ante os 75% nos cortes in natura. E foi justamente a carne salgada a responsável por um estrondoso aumento das exportações brasileiras de frango nos últimos anos. No ano passado, por exemplo, 80% das 237 mil toneladas de cortes exportadas para o bloco era da categoria de salgados.
Efeito de barreira tarifária ? As indústrias brasileiras reconhecem que essa barreira técnica tem um efeito de barreira tarifária. A medita adotada pela UE também altera a categoria do frango salgado, que com o novo teor é considerado condimento, com alíquota de importação maior, segundo apurou o jornal Valor Econômico. A Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef) espera a publicação oficial das medidas anunciadas e quando entrarão em vigor para decidir que tipo de medida tomará. Ainda segundo informação obtida pelo Valor Econômico, as novas medidas passarão a valer a partir de 1º de julho próximo.(Fonte: Valor Econômico).