Nonô Pereira será homenageado pelo presidente Lula
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Depois de mais de 30 anos de contribuições à agricultura brasileira e de ter sido responsável pela elaboração de um dos mais revolucionários sistemas de plantio agrícola, o pesquisador ponta-grossense Manoel Henrique Pereira terá seu trabalho reconhecido. Foi publicado em Diário Oficial da União, na semana passada, que Nonô Pereira, como é mais conhecido o pesquisador, vai receber das mãos do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico. Esse prêmio foi instituído em 1993 e é destinado à personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram por relevantes contribuições à Ciência e à Tecnologia. Nonô Pereira foi informado sobre a honraria em documento assinado pelo Ministro do Estado da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
Reconhecimento - O pesquisador comentou que se sente lisonjeado com o título de comendador da ciência brasileira, mas afirma que nunca desempenhou seu trabalho visando algo assim. Para ele, a lembrança de seu nome, na verdade, representa o reconhecimento de toda a região dos Campos Gerais. “Afinal, foi aqui que nós desenvolvemos a técnica do Plantio Direito e há mais de 30 anos estamos desenvolvendo essa tecnologia que, hoje, já está sendo difundida em praticamente toda a América Latina”. Mais uma prova do reconhecimento que Nonô Pereira desfruta no meio científico e agropecuário poderá ser verificada na próxima semana. O pesquisador foi chamado para palestrar no Uruguai. Além disso, apenas no ano passado, ele foi chamado quatro vezes para apresentar seus estudos na Europa.
Revolucionário
- O sistema criado por Nonô Pereira, chamado de Plantio Direto, mudou
o conceito da rentabilidade na agricultura, além de estar em grande sintonia
com a questão da preservação do ecossistema. A prática
de plantio direto reduz a erosão do solo, aumenta a retenção
de água do solo, controla a população de plantas daninhas
e reduz o custo de produção. Além disso, permite racionalizar
os custos, o uso de equipamentos e o tempo, e melhorar a qualidade do solo.
(Diário dos Campos)