Negócios com a China: Missão de empresários visita Ocepar e terminais de cooperativas

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Um grupo de 13 técnicos e empresários chineses, acompanhados pelo vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Roberto Wypych, representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Planejamento, foram recebidos na manhã desta segunda-feira, na sede da Ocepar pelo superintendente adjunto, Nelson Costa. Esta missão, composta por um grupo de empresários ligados á indústrias de soja da Província da Henan, centro da China, com uma população aproximada de 100 milhões de habitantes é responsável pelo processamento de 3 milhões de toneladas de soja e tem interesse em firmar acordos comerciais diretamente com as cooperativas paranaenses. Atualmente, do total da necessidade de suas indústrias, os produtores chineses da Província de Henan, produzem 1 milhão de toneladas e importam 2 milhões, sendo que 1 milhão tem origem os Estados Unidos. Segundo representantes da missão, não existe qualquer impedimento por parte deste grupo com relação a importação de soja geneticamente modificada (OGM).

Embargo - Segundo Nelson Costa foi um contato bastante produtivo, serviu para demonstrar aos chineses a capacidade de produção das cooperativas paranaenses como também o interesse em aumentar cada vez mais os laços comerciais com aquele País. Nelson fez uma explanação ao grupo afirmando de que as cooperativas paranaenses respondem hoje por aproximadamente 70% da produção de soja do estado, ou seja, produzem cerca de 7 milhões de toneladas de um total de 10 milhões. Ele também lembrou sobre o recente episódio do embargo à soja brasileira e que em decorrência disso o Brasil passou adotar normas mais rígidas sobre contaminação do produto por fungicida. “Os chineses ficaram surpresos quando informamos que a norma brasileira determina que se aceita apenas um grão contaminado por quilo do produto e que no Paraná é mais rígida ainda, tolerância zero, ou seja, produto sem contaminação alguma”, disse. Um dos empresários chineses lembrou que a norma internacional tolera de três a quatro grãos contaminados para cada quilo de soja em grão e que realmente o Brasil estava acima do padrão internacional o que é muito bom.

Visita a Paranaguá – Após a reunião na Ocepar, a missão seguiu para o Porto de Paranaguá, acompanhados pelo gerente do terminal portuário da Cotriguaçu, Sidney Pinto e pelo engenheiro agrônomo da gerência técnica econômica da Ocepar, Robson Mafioletti durante visita aos terminais das cooperativas. Os chineses irão conhecer de perto o sistema de embarque das cooperativas Cotriguaçu e Coamo, além de um contato com a superintendência do Porto de Paranaguá. Durante o contato com a Ocepar, os chineses manifestaram interesse de também firmar parceria num projeto de uma indústria de processamento de soja com as cooperativas e investir em silos. Eles se mostraram preocupados em conhecer a capacidade de exportação do porto paranaense e condições de embarque nos terminais.

Encontro com governador – Nesta terça-feira (13), a missão terá uma audiência com o governador do estado, Roberto Requião e também com o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures. Eles ainda visitarão a sede da cooperativa Bom Jesus, no município da Lapa e uma propriedade agrícola naquela região. Esta missão está sendo liderada pela Câmara de Comércio Brasil-China que tem como presidente, Charles Tang que não pode estar presente na visita à Ocepar mas que na terça-feira se integra a comitiva chinesa em visita ao Paraná.

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