Negociações agrícolas: Profissionalismo onde \"não há ganhos sem concessões\"
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Preparação para as negociações – O presidente da Faep, Ágide Meneguette, e o secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, também falaram da importância do setor estar preparado para as negociações internacionais. "É justamente porque precisamos ser competitivos e porque algumas das regras basilares do comércio internacional não estão sendo obedecidas pelos países desenvolvidos, é que as negociações internacionais também passaram a fazer parte das preocupações dos nossos produtores", afirmou Meneguette, defendendo um combate ao protecionismo e ao subsídio dos países mais ricos. Pessuti, por sua vez, defendeu a necessidade de se ter um grupo de profissionais para “colocar o Paraná para fora”, disse, referindo-se às negociações em busca de novos mercados.
O peso do agronegócio – O primeiro painel do fórum, que enfocou as negociações internacionais e o setor privado, teve a participação do gerente técnico da OCB, Ramon Gamoeda Belisário, e do chefe do Departamento de Comércio Exterior da CNA, Anonio Donizeti Beraldo. Antes de falar sobre a participação do Fórum Permanente de Negociações Internacionais Abag CNA e OCB, os painelistas mostraram o peso do agronegócio no PIB e das exportações brasileiras. O agronegóico é responsável por 27% do PIB e 41% das exportações, gerando 37% do total dos empregos. Neste ano, quando serão produzidas 115 milhões de toneladas de grãos, o agronegócio deve gerar US$ 26 bilhões em exportações, elevando o superávit comercial para cerca de US$ 22 bilhões. O grande avanço do agronegócio não pára por aqui, axplicou Antonio Donizeti Berado, pois o Brasil pode incorporar ainda, segundo a Embrapa, 90 milhões de hectares à atual área agrícola de 42 milhões de hectares. No entanto, os EUA estimam a área potencial em 170 milhões de hectares.
Uma espaço a mais que “a sala ao lado” – Beraldo mostrou que o Fórum Permanente de Negociações Internacionais Abag CNA e OCB obtém a participação de 43 instituições do agronegócio que, de alguma forma, estão dando alguma contribuição para o avanço das negociações internacionais. Frisou que “o setor privado não quer participar dessas negociações apenas de forma passiva, ficando “na sala ao lado” enquanto os técnicos do governo se reunem com negociadores de outros países. De qualquer forma, já houve avanços desde os primeiros anos da década de 90, quando as autoridades e as lideranças do agronegócio começaram a ser familiarizar com as negociações internacionais. A tendência é de uma aproximação entre governo e iniciativa privada, para fortalecer as negociações.