Na Copagra, condomínio reduz exclusão social
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Reduzir a exclusão social - O presidente da Cooperativa Agrária dos Produtores de Nova Londrina (Copagra), Miguel Rubens Tranin, que lançou o projeto do condomínio cooperativo, afirmou que o objetivo é reduzir a exclusão social, permitindo que os associados que hoje estão fora da atividade participem da renda gerada pela cana-de-açúcar. Pequenos produtores de leite e de cereais e associados que estão longe da indústria terão prioridade para aderirem ao condomínio. Cada associado pode participar com o equivalente a 5 hectares, investindo R$ 1.490,00 por hectare, o que representa 40% do custo da lavoura. A cooperativa subsidiará 40% do custo, representado pelas mudas, máquinas e mão-de-obra, a ser pago após o primeiro corte.
Oportunidade - Miguel Rubens Tranin afirmou que a idéia do condomínio surgiu em função da cana-de-açúcar representar cerca de 60% do faturamento da cooperativa, enquanto 85% dos associados possuem áreas menores que 50 hectares, o que impede que a maioria atue no setor. Da mesma forma, associados que têm propriedades longe da indústria, o que inviabilizar a atividade, agora podem participar do condomínio, que mesmo com pouca divulgação, tem 20 interessados, levando a crer que a demanda será maior que a área disponível. Como a cooperativa faz todo o serviço aos associados, o único risco que corre é o do mercado: uma improvável retração nos preços. Junto com o contrato de parceria, os associados recebem também a planilha de custos da manutenção da lavoura e perspectivas de renda, com base nos preços atuais. É um negócio, hoje bem atrativo.
Maior segurança - A Copagra também se precaveu para obter maior segurança quanto ao comportamento do mercado. Sua unidade industrial de Nova Londrina, com capacidade para produzir 5 milhões de litros de álcool por ano, é a única indústria do grupo de 14 unidades que integram a central de vendas com capacidade para produzir o fluido antineve. No ano passado foram vendidos 2,5 milhões de litros para a Europa e para este ano mais 5 milhões de litros. No entanto, a parceria entre as indústrias que integram a central de vendas prevê que o fluído antineve seja produzido pela Copagra para todo o grupo, que por sua vez fornece o álcool que a cooperativa precisa para repassar ao mercado. É a prática da expressão uma mão lava a outra.
Parceria com Cocamar - Eu fui eleito para administrar a cooperativa, procurando fazer o que os cooperados desejam. Eu tenho a preocupação constante de buscar novas alternativas de receita. Além disso, também os meus negócios estão na cooperativa, afirma Tranin, que sempre, com criatividade procura novas opções econômicas aos cooperados. A Copagra, que participa da Coopercitrus, está negociando o aperfeiçoamento de outras parcerias realizadas com a Cocamar. Tranin defende uma participação maior dos associados da cooperativa nos resultados da Cocamar nas áreas de soja e algodão, em função da parceria, onde os dois lados devem ganhar. A cooperativa, que fechou o ano 2002 com um faturamento de R$ 60 milhões, espera chegar ao final do ano com um faturamento de pelo menos R$ 80 milhões, ou 33% superior.